• Matéria: História
  • Autor: evelynsantos17p972m2
  • Perguntado 7 anos atrás

mini texto sobre a democratização do cinema no Brasil ​

Respostas

respondido por: claragomesss
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Inicialmente, a Constituição Federal brasileira, promulgada em 1988, prevê o direito a lazer e cultura para todos os cidadãos. Entretanto, sabe-se que menos de 20% da população brasileira frequenta o cinema mensalmente. Nesse contexto, a industrialização acelerada e acarretada do capitalismo, ocasiona uma desigualdade social, tendo em vista que os cinemas das grandes cidades são instalados em shoppings center's, enquanto as populações das comunidades carentes que vivem em áreas periféricas não possuem acesso devido ao aumento do preço do ingresso. Além disso, vale ressaltar que muitas cidades brasileiras de pequeno e médio porte não possuem cinema, devido a falta de incentivo e investimento do Estado, intensificando tal problemática. Portanto, a então sucateada Agência Nacional de Cinema (ANCINE) junto a iniciativa privada, deve promover campanhas mensais de incentivo a cultura, por meio de festivais de cinema em comunidades e bairros periféricos, com a finalidade de melhorar e democratizar o acesso ao cinema no Brasil.


evelynsantos17p972m2: obrigadaaaaa!!! tem uma resposta menor?
claragomesss: puts, isso já foi o que consegui resumir da minha redação :(
evelynsantos17p972m2: okay obrigada mesmo assim
respondido por: pedrocf808
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"Ao longo do processo de formação da sociedade, o pensamento cinematográfico consolidou-se em diversas comunidades. No iniício do século XX, com os regimes totalitários, por exemplo, o cinema era utilizado como meio de dominação à adesão das massas ao governo. Embora o cinema tenha se popularizado, posteriormente, como entretenimento, nota-se, na contemporaneidade, a sua limitação social, em virtude do discurso elitizado que o compõe e da falta de acesso por parte da população. Essa visão negativa pode ser significativamente minimizada, desde que acompanhada da desconstrução coletiva, junto à redução do custo do ingresso para a maior acessibilidade. Em primeira análise, é evidente que a herança ideológica da produção cinematográfica, como um recurso destinado às elites, conservou-se na coletividade e perpetuou a exclusão de classes inferiores. Nessa perspectiva, segundo Michel Foucault, filósofo francês, o poder articula-se em uma linguagem que cria mecanismos de controle e coerção, os quais aumentam a subordinação. Sob essa ótica, constata-se que o discurso hegemônico introduzido, na modernidade, moldou o comportamento do cidadão a acreditar que o cinema deve se restringir a determinada parcela da sociedade, o que enfraquece o princípio de que todos indivíduos têm o direito ao lazer e ao entretenimento. Desse modo, com a concepção instituída da produção cinematográfica como diversão das camadas altas, o cinema adquire o caráter elitista, o qual contribui com a exclusão do restante da população. Além disso, uma comunidade que restringe o acesso ao cinema, por meio do custo de ingressos, representa um retrocesso para a coletividade que preza por igualdade. Nesse sentido, na teoria da percepção do estado da sociedade, de Émile Durkheim, sociólogo francês, abrangem-se duas divisões: "normal e patológico". Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que um ambiente patológico, em crise, rompe com o seu desenvolvimento, visto que um sistema desigual não favorece o progresso coletivo. Dessa forma, com a disponibilidade de ir ao cinema mediada pelo preço – que não leva em consideração a renda regional –, a democratização torna-se inviável. Depreende-se, portanto, a relevância da igualdade do acesso ao cinema no Brasil. Para que isso ocorra, é necessário que o Estado proporcione a redução coerente do custo de ingressos por região, junto à difusão da importância da produção cinematográfica no cotidiano, nos meios de comunicação, por meio de anúncios, a fim de colaborar com o acesso igualitário. Ademais, a instituição educacional deve proporcionar aos indivíduos uma educação voltada à democratização coletiva do cinema, como entretenimento destinado às elites, por intermédio de debates e palestras, na área das Ciências Humanas, como forma de esclarecimento populacional. Assim, haverá um ambiente estável que colabore com a acessibilidade geral ao cinema no país."

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