• Matéria: Geografia
  • Autor: alinecaetanorj
  • Perguntado 7 anos atrás

qual foi o principal consequência dessa nova maneira de produzir alimento no pais?

Respostas

respondido por: viniciusmueller20068
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Essa deficiência está, acima de tudo, na construção da estrutura social, que nas atuais circunstâncias é extremamente desigual. Assim, as populações pobres têm recursos financeiros muito reduzidos (algumas vivem com menos de 2 dólares por dia), o que limita a compra de alimentos para consumo.

A oferta de alimentos, tanto em quantidade quanto em variedade, é dirigida aos centros urbanos, que é onde há mais indivíduos com boas condições de poder aquisitivo. Contudo, é nessas localidades onde mais acontece o desperdício desses produtos.

2. Desperdício de alimento

Outro  fator agrava esse cenário: o desperdício de alimento. Em 2016, das 4 bilhões de toneladas métricas de comida produzidas, um terço foi desperdiçado (1,3 bilhões de toneladas métricas), custando aproximadamente US$750 bilhões  à economia global anualmente. Entretanto, as perdas não se limitam apenas a esfera econômica, mas também de outros insumos que foram necessários para a produção, como a água, energia e trabalho, emitindo ainda gases estufa ao longo do processo.

Você sabia, ainda, que existem dois principais padrões de desperdício? Eles serão determinados de acordo com a situação econômica dos países. Nos desenvolvidos, o processo normalmente acontece nas mãos do consumidor final, quando a comida já está pronta, mas ela não é totalmente consumida, gerando os “restos” que são jogados fora. Já nos países em desenvolvimento, o desperdício ocorre muitas etapas antes. O  alimento é perdido logo nos estágios iniciais:  durante a produção quando a colheita não é utilizada ou processada por conta das condições precárias de armazenagem ou pelos agricultores não possuírem meios suficientes para transportar sua produção até os pontos de distribuição para venda – todas as informações são da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

O desperdício é tão grande que, utilizando apenas um quarto da comida jogada anualmente no mundo, já seria o suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas subnutridas, o que excede o número de pessoas de fato passando fome globalmente.

fome no mundo

3. Pobreza e a insegurança alimentar

Além disso, a Declaração de Roma (1996) cita outras possíveis causas para a deficiência no sistema de distribuição e a consequente insegurança alimentar. Dentre elas estão conflitos, terrorismo, corrupção, mudanças climáticas, degradação do meio ambiente e a pobreza, que é a principal raiz do problema de acessibilidade a alimentos

Capacidade de realização de atividades físicas reduzida: pela falta de alimentação ou alimentação precária, consequentemente o potencial de trabalho daqueles que sofrem com a fome será afetado.  A maior consequência desse fato é que, normalmente, a força de trabalho é o único recurso que esses indivíduos têm a oferecer e a redução da sua capacidade de trabalho pode agravar ainda mais sua condição econômica e perpetuar sua condição de falta de alimentação

O desenvolvimento físico e mental da pessoa é prejudicado: a subnutrição e falta de alimentação retarda o crescimento infantil, deixa sequelas nas habilidades cognitivas e diminui o desempenho e a presença escolar. Compromete, ainda, os resultados de investimentos realizados no setor de educação, uma vez que crianças desnutridas têm seu potencial de aprendizado reduzido e algumas precisam até largar os estudos para ajudar com a renda familiar e colocar comida na mesa.

Danos a longo prazo para a saúde, aumentando a probabilidade de doenças (por conta do enfraquecimento pela alimentação insuficiente) e morte prematura. Os problemas são transmitidos de uma geração para a outra: crianças nascidas de mãe desnutridas já começam a vida com dificuldade, por conta do baixo peso e deficiências nutricionais causadas no período da gestação.

Gera instabilidade política e social, dificultando ainda mais os esforços dos Estados em reduzirem a pobreza.

Esses fatores têm impacto em diversos níveis: individual, comunitário e governamental. Por conta disso, a fome (e a pobreza) não é  um problema fácil de ser erradicado, requerendo várias linhas de ações diferentes.

FOME NO MUNDO: UM HORIZONTE COMPLICADO

As quase 800 milhões de pessoas subnutridas no mundo mostram que a fome é mais do que uma questão de saúde pública. Suas raízes estão enterradas na construção da estrutura social, que é extremamente desigual, fazendo com que fome e pobreza caminhem lado a lado. Como resultado, a nível individual, vemos complicações na saúde dos afetados, como: doenças, diminuição do seu rendimento físico e de suas oportunidades futuras. Contudo, as consequências vão além: a fome pode afetar ainda o desenvolvimento econômico de um país, sua estabilidade política e social.

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