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Em fevereiro de 1630, navios e canhões holandeses entraram de novo em águas brasileiras, dessa vez para invadir Pernambuco, na época o maior produtor mundial de açúcar.
Os holandeses desembarcaram no litoral pernambucano e conquistaram Olinda e Recife com relativa facilidade. O então governador Matias de Albuquerque retirou-se para o interior com homens e armas e lá fundou o Arraial do Bom Jesus, um forte de onde deviam partir os ataques aos invasores.
Assim como a invasão da Bahia, os lusos-brasileiros adotaram a guerra de emboscadas, impedindo os holandeses de penetrar nas terras onde estava a maioria dos engenhos. A resistência, no entanto, não conteve o avanço dos holandeses, que chegaram a receber apoio de moradores da região. Estes colaboravam com os holandeses esperando, com isso, livrar-se do domínio português.
Domingos Fernandes Calabar, um profundo conhecedor da região, foi um deles. Documentos portugueses dizem que ele forneceu informações importantes para os holandeses.
Durante os combates que se seguiram, os holandeses conseguiram várias vitórias, conquistando inclusive o Arraial do Bom Jesus. Diante disso, o líder da resistência luso-brasileira, Matias Albuquerque, mandou incendiar os canaviais à sua volta e retirou-se para Alagoas. Antes, porém, conseguiu prender Calabar e mandou executa-lo.
Segundo alguns historiadores Calabar foi executado por ter "traído os luso-brasileiros". Para outros, como Evaldo Cabral de Mello, a execução foi o que hoje se chama em linguagem policial de "queima de arquivo". Calabar sabia demais...
Nas terras dominadas pelos holandeses era comum ver plantações queimadas, gado morto, engenhos abandonados, escravos fugindo para um lugar que viria a ser conhecido como Quilombo dos Palmares. Os diretores da Companhia das Índias Ocidentais decidiram reconstruir os engenhos com o objetivo de voltar a ter lucro com o açúcar brasileiro. Para liderar esse projeto, enviaram ao Brasil em 1637 o conde João Maurício de Nassau-Siegen, com o título de governador-geral.