• Matéria: Filosofia
  • Autor: guilhermepereiravet
  • Perguntado 7 anos atrás

Leia os seguintes excertos da obra “Ética Prática” de Peter Singer:

“Imagine-se, agora, que começo a pensar eticamente, a ponto de admitir que os meus interesses não podem contar mais que os interesses alheios pelo simples fato de serem os meus interesses. No lugar deles, agora tenho de levar em conta os interesses de todos os que serão afetados pela minha decisão.”
“Seja qual for a natureza do ser, o princípio de igualdade [de consideração dos interesses] exige que o sofrimento seja levado em conta em termos de igualdade com o sofrimento semelhante - até onde possamos fazer comparações aproximadas - de qualquer outro ser. Quando um ser não for capaz de sofrer, nem de sentir alegria ou felicidade, não haverá nada a ser levado em consideração.”
(SINGER, P. Ética Prática. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.).
A partir das definições de Singer, podemos perceber que o autor:



Redefine a noção de comunidade moral, ou seja, não apenas seres humanos devem ser considerados, mas todos os seres que podem sofrer ou sentir alegria ou prazer.


Redefine a noção de ética, pois elege o princípio da autonomia e da liberdade ao afirmar que apenas seres conscientes podem sofrer.


Faz uma defesa que os interesses dos seres humanos devem ter prioridade, pois nem sempre é possível fazer comparações aproximadas com o sofrimento que outros seres podem vir a ter.


Apresenta uma teoria moral muito interessante, mas que é impossível ser aplicada na pesquisa científica que deve seguir a legislação vigente.


Nega a importância das considerações éticas, pois é necessário atender os interesses dos envolvidos e isto nem sempre é possível.

Respostas

respondido por: elamambretti
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Sobre a “Ética Prática” de Peter Singer:

Redefine a noção de comunidade moral, ou seja, não apenas seres humanos devem ser considerados, mas todos os seres que podem sofrer ou sentir alegria ou prazer.

Peter Singer é um filósofo utilitarista nascido na Austrália que em sua obra “Ética Prática”, expõe o que não considera ética e o que  pensa ser ética.

Singer  confronta a ideia de uma singularidade atribuída à vida humana,  principalmente quanto a uma interpretação como algo sagrado, que  impeça que essa seja examinada em relação a si mesma, à vida dos outros  seres vivos com que o homem compartilha esse momento no Planeta e  ao próprio meio ambiente como um todo.

Analisando várias concepções  de condutas éticas, conclui por defender a ideia de um tipo de  utilitarismo preferencial, por estar baseado no princípio da  igualdade na consideração dos interesses dos agentes envolvidos numa  específica conduta ética.

Propõe levar a ética para além dos  limites dos seres sencientes resultando numa Ética da Terra, como tem  sido proposto por outros pensadores: uma nova ética que tratasse da  relação do homem com a Terra, com os animais e com as plantas.

Bons estudos!

respondido por: miguel23233
1

Resposta:

Leia os seguintes excertos da obra “Ética Prática” de Peter Singer:

“Imagine-se, agora, que começo a pensar eticamente, a ponto de admitir que os meus interesses não podem contar mais que os interesses alheios pelo simples fato de serem os meus interesses. No lugar deles, agora tenho de levar em conta os interesses de todos os que serão afetados pela minha decisão.”

“Seja qual for a natureza do ser, o princípio de igualdade [de consideração dos interesses] exige que o sofrimento seja levado em conta em termos de igualdade com o sofrimento semelhante - até onde possamos fazer comparações aproximadas - de qualquer outro ser. Quando um ser não for capaz de sofrer, nem de sentir alegria ou felicidade, não haverá nada a ser levado em consideração.”

(SINGER, P. Ética Prática. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.).

A partir das definições de Singer, podemos perceber que o autor:

Redefine a noção de comunidade moral, ou seja, não apenas seres humanos devem ser considerados, mas todos os seres que podem sofrer ou sentir alegria ou prazer.

Redefine a noção de ética, pois elege o princípio da autonomia e da liberdade ao afirmar que apenas seres conscientes podem sofrer.

Faz uma defesa que os interesses dos seres humanos devem ter prioridade, pois nem sempre é possível fazer comparações aproximadas com o sofrimento que outros seres podem vir a ter.

Apresenta uma teoria moral muito interessante, mas que é impossível ser aplicada na pesquisa científica que deve seguir a legislação vigente.

Nega a importância das considerações éticas, pois é necessário atender os interesses dos envolvidos e isto nem sempre é possível.

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