A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase es-
pecífica da sociedade capitalista, quando há uma interde- pendência entre o processo de acúmulo de capital e o pro- cesso de acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra perfeitamente bem o que Guy Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercan- tilizado e envolvido por imagens. Assim como o conceito de "indústria cultural", o conceito de "sociedade do espetáculo" faz parte de uma postura crítica com relação à sociedade ca- pitalista. São conceitos que procuram apontar aquilo que se constitui em entraves para a emancipação humana.
(Cláudio N. P. Coelho. "Mídia e poder na sociedade do espetáculo". revistacult. Adaptado.)
Segundo o texto,
(A) a transformação da cultura em mercadoria é uma carac- terística fundamental desse fenômeno social.
(B) a padronização da estética pela sociedade do espetáculo restringe-se ao campo da publicidade.
(C) a hegemonia do espetáculo desempenha papel funda- mental na formação da autonomia do sujeito.
(D) o universo estético de produção das imagens não é determinado pela base material da sociedade.
(E) o conceito de sociedade do espetáculo realiza uma refle- xão contestadora sobre a indústria cultural
Respostas
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A) a transformação da cultura em mercadoria é uma característica fundamental desse fenômeno social.
O texto aponta para a existência de uma indústria cultural, oriunda de massivas estratégias de marketing que se alinham com os processos de neoliberalismo e globalização na sociedade atual.
Diante disso, cada vez mais a cultura se tornar uma mercadoria, a partir do momento em que grandes empresas lucram com estes processos, sobretudo a partir da correta segmentação do mercado.
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