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Malévola 2 lida com o casamento de Aurora com o Príncipe Philli introduz diversos novos personagens à saga, desde a família do jovem, o Rei John e a sua dissimulada esposa, Rainha Ingrida outros seres da mesma espécie de Malévola, como Borra e Conall r). Na trama, quando conflitos surgem entre a personagem-título e a família do Príncipe, Aurora e sua madrinha seguem rumos distintos.
Um dos erros mais básicos de Malévola: Dona do Mal é a reversão de diversos aprendizados estabelecidos por seu antecessor. Não apenas Aurora realmente se apaixonou pelo primeiro homem que conheceu – algo que não havia sido aprofundado, mas certamente fez parte de uma moral de que era cedo demais para se apaixonar - como Malévola é retratada, diversas vezes, como se tivesse uma natureza má. No início do filme, a personagem é vista treinando um sorriso, como se tivesse passado a vida inteira sem saber o que é ser alegre. A piada até encaixa, já que é complementada por Diaval (Sam Riley) o coadjuvante que leva o humor do filme nas costas, mas é inevitável o sentimento de que algo ali arruína o que aprendemos no primeiro longa. Como se não bastasse, o desfecho de Malévola 2 contradiz as regras da maldição nas quais seu anterior se baseou.
Tudo isso poderia passar batido tivesse o filme as mesmas boas intenções que o primeiro, mas a lição de Malévola: Dona do Mal nunca fica clara, e por isso, muito menos o motivo de sua existência. A trama não preenche as quase duas horas de filme e, apesar de tentar se sustentar em imagens fantásticas, o filme perde brilho rápido demais. O desequilíbrio entre trama e cenas de ação é descarado, traduzindo um despreparo de Joachim Rønning para a direção. Existe uma vontade clara de criar uma guerra épica na tela, algo que destoa completamente de um conto de fadas voltado ao público infantil. Ainda mais, o filme gasta tão pouco tempo se aprofundando em seus personagens que as vítimas do conflito não chegam perto de ressoar no público do modo que pretende.