O Estado e o poder político, em vez de serem concebidos como obras contingentes, criadas pelos homens em resposta às necessidades resultantes de sua própria corrupção, são incluídos no plano perfeito de Deus. São realidades que decorrem da agência criadora de Deus, como todo ser decorre do Ser em si e, como este é essencialmente bom e perfeito, as coisas criadas ganham sentido quando se contempla a excelência de toda a ordem da criação ("E Deus viu que tudo era bom", Gênesis 1, 31). Esta afirmação se refere a interpretação do pensamento de:
Respostas
"O Estado e o poder político....São realidades que decorrem da agência criadora de Deus... ", se refere a interpretação do pensamento de:
São Tomás de Aquino
São Tomás de Aquino adere à premissa aristotélica da sociabilidade natural humana, vista como a força responsável pela formação das cidades terrestres.
Assim, a necessidade do poder político não é mais um sinal do pecado humano (Santo Agostinho), mas é uma necessidade natural de cuja satisfação depende a própria realização do homem.
A cidade, como toda forma de associação, só existe porque tem em vista um bem, uma felicidade geral, que engloba e ultrapassa os interesses privados. Deus criou os homens para viverem em sociedade, pois só a vida em sociedade é uma vida plena ou feliz, digna da condição do homem na escala das criaturas.
Por isso, é necessário haver um governo terrestre, que regule a multidão, levando-a a alcançar o bem coletivo. A função da autoridade política é ordenar a sociedade humana para que ela atinja a sua perfeição, isto é, produza o bem previsto pelo desígnio divino.
Bons estudos!