• Matéria: Português
  • Autor: redesadera
  • Perguntado 7 anos atrás

Redação ou resumo sobre o mau uso da língua portuguesa na Internet

Respostas

respondido por: yoRodrigues
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Resposta:

Mal uso da lingua. Acho o português uma das mais belas linguas e esforço-me bastante para fala-la da maneira mais correta, porém desaponta-me muito o modo de falar dos brasileiros; as pessoas cometem erros horríveis, tais como "não faz isto", "tu foi...", etc. Gostaria de saber se em Portugal há erros tão terríveis e se houver, quais os mais comuns? E o que vós pensais sobre o desgaste da língua? Mal uso da lingua. Acho o português uma das mais belas linguas e esforço-me bastante para fala-la da maneira mais correta, porém desaponta-me muito o modo de falar dos brasileiros; as pessoas cometem erros horríveis, tais como "não faz isto", "tu foi...", etc. Gostaria de saber se em Portugal há erros tão terríveis e se houver, quais os mais comuns? E o que vós pensais sobre o desgaste da língua?

Laura  Brasil  7K

Tem razão quanto ao seu apreço pela nossa comum língua. Ela foi caldeada com os falares de muitos povos que passaram por este cantinho da Europa; e depois enriquecida nos múltiplos contactos/contatos, nesse mundo fora, feitos pelos nossos ancestrais ou nas variantes que os povos de língua oficial portuguesa lhe estão trazendo sempre.

Língua imensamente versátil e de ricos cambiantes na sua complexidade, permite jogos estilísticos e poéticos de grande beleza. É um língua terna e carinhosa; e o seu endereço electrónico/eletrônico dá um exemplo eloquente/eloqüente (Laurinha, Laurinha), amorável recurso de que os irmãos brasileiros usam com tanto empenho.

Erros? Claro que por cá também aparecem (bela, mas não fácil…). A editora portuguesa Texto publica um Prontuário, onde incluo cerca de 130 páginas de erros susceptíveis de serem cometidos pelo falante de português.

É facto/fato que os erros sintácticos/sintáticos são às vezes mais condenáveis que os ortográficos, é facto/fato que os descuidados `pontapés na gramática´, dados até por responsáveis, são uma grande causa de erosão da língua; mas, presentemente, o que mais me desagrada é a vassalagem aos termos de origem inglesa, com empobrecimento no uso dos nossos, e, sobretudo, a adaptação apressada desses termos estranhos, sem atender à índole do nosso idioma, modulado na sua harmonia por séculos de gerações.

O que acontece é que, à medida que vou estudando a língua, cada vez me sinto mais tolerante. Parafraseando S.to Agostinho: "vou corrigindo o erro, mas estimando os errantes". Nesse estudo, fui concluindo que muitos termos (ou expressões), considerados errados outrora pelos puristas, entraram já nos hábitos linguísticos/lingüísticos e não podem ser condenados assim tão peremptoriamente nos dias de hoje. Esses erros terríveis, que tanto a escandalizam, devem ser analisados com precaução, quando são a voz livre do povo (a quem o património/patrimônio linguístico/lingüístico também pertence...).

Termino com um conselho: Seja relativamente tolerante com os erros dos outros, mas muito, muito exigente com os seus. Veja, companheira da nossa comum língua: eu não escrevo «mal uso», mas mau uso, porque mal opõe-se a bem e é mau que se opõe a bom: bom uso, mau uso. Também escrevo línguas e não «linguas», falá-la e não «fala-la»; mas os acentos são uma convenção, e a sua mensagem foi perfeitamente recebida.

Mensagem que creio sem artifícios. Porque o seu nome me lembra Petrarca:

«Laura, ouro, louro…»

Ao seu dispor,

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