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Prepare o lencinho
“You is kind. You is smart. You is important.” (The Help, Kathryn Stockett)
Esse livro faz parte da lista dos livros que mexeram comigo e me deixaram sem chão, sem reação no término da leitura. Aquela história que te faz repensar muitos aspectos da sua vida e te faz refletir se o que aconteceu faz parte do passado ou se ainda acontece nos dias de hoje.
Kathryn Stockett pega na ferida da sociedade (a princípio focada na realidade americana, pois se passa na cidade de Jackson, Mississipi, mas aplicável a qualquer lugar que conhecemos) ao contar do ponto de vista das empregadas domésticas a segregação racial dos anos 1960. A história entra no contexto da luta dos movimentos pelos direitos civis dos negros nos EUA e a morte do presidente John F. Kennedy.
Somos apresentadas primeiramente a personagem Aibeleen Clark, negra e empregada doméstica desde muito jovem, atualmente trabalha para a família Leefolt, de cujos filhos cuida. Depois conhecemos Minny Jackson, amiga de Aibeleen, e assim como ela negra e, doméstica desde muito jovem. E por último conhecemos Skeeter Phelan, branca, uma jovem jornalista cujo sonho é trabalhar em uma editora e ter sucesso profissionalmente.
As três personagens principais, que narram a história, fazem parte de uma sociedade na qual brancos e negros não se misturam. Há ônibus, escolas, bibliotecas, banheiros separados para cada grupo e misturar-se, usar um serviço, casar-se com alguém de outra raça é crime. É em uma sociedade como essa em que as empregadas domésticas responsáveis pelo andamento de uma casa também cuidam das crianças quando são pequenas, e as quais quando crescem perpetuam esse arranjo social.
A jovem Skeeter assim como os outros amigos de sua geração também foi criada por uma negra, e quando ela volta para Jackson depois do fim da faculdade Constantine, sua amada empregada, não está mais trabalhando em sua casa e ninguém sabe para onde ela foi. Ao contrário de todas as suas amigas, Skeeter não está casada, não tem filhos e trabalha. Incentivada pelo sumiço de Constantine, pelas atitudes de suas amigas, e pela possibilidade de um emprego em Nova York, Skeeter se propõe a fazer um projeto impensável: escrever um livro com histórias de empregadas domésticas sobre como é realmente trabalhar em casas de brancos.
“Wasn't that the point of the book? For women to realize, We are just two people. Not that much separates us. Not nearly as much as I'd thought.” (The Help, Kathryn Stockett)