Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é mentira... se é verdade Tanto horror perante os céus?... Ó mar! por que não apagas Co’a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! Quem são estes desgraçados, Que não encontram em vós, Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz?... Quem são? Se a estrela se cala, Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz, Perante a noite confusa... Dize-o tu, severa Musa! Musa libérrima, audaz! São os filhos do deserto Onde a terra esposa a luz, Onde vive em campo aberto A tribo dos homens nus... São os guerreiros ousados, Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão... Ontem simples, fortes, bravos... Hoje mísero escravos Sem ar, sem luz, sem razão... In: O navio negreiro – Castro Alves. É próprio da poesia de Castro Alves tratar do tema da escravidão. Clamando em verso pelos opr
Respostas
Assertivas completas:
I. Autor da obra Cantos e Fantasias e O Estandarte Auriverde.
II. Foi chamado de “o poeta dos escravos” por seus textos contra a escravidão.
III. Autor de Juca Pirama, belo poema de inspiração indianista.
IV. Sua poesia é extremamente egocêntrica e sentimental, exprimindo um pessimismo doentio, uma descrença generalizada, um tédio de vida que impregna tudo de tristeza e desilusão.
V. Seu estilo vibrante e oratório empolgava os ouvintes, popularizando seus poemas de caráter social.
Resposta:
Apenas 2 e 4 estão corretas.
Castro Alves fez parte da terceira geração romântica, sendo essencial por apresentar grande crítica além de questionamentos acerca da escravidão, bem como de demais desigualdades presentes no território nacional.
Além disso, sua poesia apresenta grande pessimismo, além de desespero doentio, que está diretamente relacionado com um tédio que vive em sua vida, bem como faz referência à grande tristeza e desilusão do poeta.