• Matéria: Português
  • Autor: davivieira57
  • Perguntado 7 anos atrás

Naração objetiva é qual figura de linguagem?​

Respostas

respondido por: fernandabmenezes08
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Resposta:

Quando se trata de textos informativos, como por exemplo, os jornalísticos, notamos que os mesmos são permeados por uma linguagem clara, objetiva e dinâmica, pois a intenção é única e exclusivamente informar ao leitor sobre fatos decorrentes do universo social, sejam eles polêmicos ou não. Portanto, não é permitido nenhum juízo de valor, nem tão pouco, comentários pessoais por parte do emissor.

Todavia, ao nos depararmos com textos poéticos e com outros ligados à linguagem publicitária de um modo geral, não identificamos essa mesma característica. Ao contrário, notamos que a linguagem revela emoção, subjetividade, proporcionando espaço para múltiplas interpretações por parte do leitor.

Trata-se de alguns recursos empregados pelo emissor, nos quais o objetivo é conferir maior expressividade à mensagem, ornamentando-a para justamente realçar a beleza do ato comunicativo.

Tais recursos são denominados de linguagem figurada, conotativa, ou seja, aquela que se difere do seu sentido denotativo, prescrito no dicionário. Desta forma, o autor instaura um jogo de palavras apostando no emprego de acréscimos, supressão, repetição de termos, entre outros.

Todos realizados de maneira intencional, para atingir os objetivos por ele pretendidos.

Com o objetivo de ampliarmos nossos conhecimentos sobre o referido assunto, vejamos alguns exemplos e suas respectivas características:

Figuras de Sintaxe

Elipse

Consiste na omissão de um termo tendo em vista que este já faz parte da inferência do interlocutor, permitindo, portanto, a compreensão da mensagem:

Fiquei ansiosa para saber o resultado do concurso.

Podemos perceber que houve a omissão do pronome pessoal (Eu).

Zeugma

Sua característica pauta-se também por omitir um termo, porém o mesmo vem expresso anteriormente na oração:

Kátia e sua prima foram ao cinema, Marília e Cibele não.

Notamos que houve a omissão do termo (não foram).

Polissíndeto

Ocorre a repetição sequencial de conectivos, geralmente do “e”.

Os garotos chegaram e começaram a lanchar e subiram para assistir ao filme e depois saíram para o passeio ciclístico.

Assíndeto

Ao contrário do polissíndeto, há a supressão do conectivo:

Estudava pela manhã, trabalhava à tarde, fazia aula de canto à noite.

Pleonasmo:

Consiste no emprego desnecessário de um termo, uma vez que este já foi anteriormente mencionado:

Eu a vi com olhos de admirador apaixonado.

Silepse:

Figura que retrata a concordância com a ideia exposta na oração, não com as palavras explícitas na mesma:

Silepse de pessoa:

As crianças somos o futuro da nação.

Note, portanto, que há discordância entre o sujeito e a pessoa verbal.

Silepse de número:

A multidão chegaram aflitos para assistir à carreata.

Silepse de Gênero:

Vossa Excelência parece nervoso.

Anáfora:

Consiste na repetição sequencial de um termo para reforçar a ideia na oração:

O amor tudo suporta, o amor tudo crê, o amor tudo perdoa.

Figuras de palavras:

Metáfora:

É uma comparação oculta que consiste no emprego de uma palavra em lugar de outra, tendo em vista a relação de semelhança entre ambas:

Sua boca é um cadeado

E meu corpo é uma fogueira.

Comparação:

É uma comparação explícita entre as palavras por intermédio da conjunção comparativa:

Sua boca é como um cadeado

E meu corpo é como uma fogueira.

Antítese:

Como o próprio nome já diz, a figura consiste no jogo contrário de ideias:

Eu adoro o dia, mas admiro a noite.

Contemplo o sol, enalteço a chuva.

Metonímia

É a substituição de uma palavra por outra, estabelecendo uma relação de sentido entre ambas:

Adoro ler Machado de Assis. (a obra)

Figuras de pensamento:

Eufemismo:

É o emprego de uma expressão com o objetivo de suavizar a mensagem, diversificando-a do seu sentido literal:

Meu amigo entregou a alma a Deus. (para não dizer: Meu amigo morreu!)

Hipérbole:

Consiste no exagero intencional atribuído ao sentido das palavras:

Aquele garoto é um poço de ignorância

Chorarei um mar de lágrimas até que você volte.

Personificação ou prosopopeia:

É o emprego de características humanas a seres inanimados:

O mar está mostrando a sua face mais bela.

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