A- Quais foram as razões pela mudança na política inglesa em relação ao tráfico?
B- O que foi a Lei Eusébio de Queiroz?
C- O que foi a Lei Bill Aberdeen?
(POR FAVOR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL TÔ ATRASADO :( desde já obrigado)
Respostas
A Lei Bill Aberdeen foi promulgada em 08 de agosto de 1845 pela Inglaterra proibindo o tráfico de escravos africanos.
A Lei Eusébio de Queiróz foi uma modificação que ocorreu em 1850 na legislação escravista brasileira. A lei proibia o tráfico de escravos para o Brasil. ... O nome da lei é uma referência ao seu autor, o senador e então ministro da Justiça do Brasil Eusébio de Queirós Coutinho Matoso da Câmara.
As nações europeias, principalmente a Inglaterra, viram no continente africano uma fonte profícua de riqueza. A manutenção do sistema de comércio de pessoas era inviável para a exploração dos recursos naturais do continente.
Isso ocorria porque os mercadores de escravos eram, em geral, chefes e governantes locais. Embora atuassem no comércio de pessoas, limitavam a entrada do europeu além da costa.
Assim, seria maior a vantagem para a exploração do território e a mão de obra ideal para atuar nas minas de minérios e na agricultura.
Também havia uma série de produtos naturais que serviam para a indústria nascente como a borracha, o azeite de palma e o amendoim.
Da mesma forma, o trabalho escravo tinha um custo menor que um trabalhador assalariado. Assim, aqueles que usavam mão de obra escrava ofereceriam um produto mais barato que aqueles que pagassem operários.
Resposta:
A Lei Aberdeen recebe esse nome em homenagem ao autor da lei, Lord Aberdeen (1784-1860), Ministro Britânico das Relações Exteriores. O nome completo da lei, em inglês, é Slave Trade Suppression Act” ou “Aberdeen Act” (Ato de Supressão do Comércio de Escravos ou Lei Aberdeen).
A Lei Aberdeen proibiu o tráfico de escravos no Hemisfério Sul. Desta maneira, qualquer navio que saísse da África e chegasse ao continente americano, poderia ser interceptado pela marinha britânica.
Esta resolução contribuiu para a criação de leis abolicionistas no Brasil que objetivavam a libertação do trabalho escravo.
Por influência da Lei Aberdeen, se fez a lei Eusébio de Queirós que proibida definitivamente o tráfico de escravos para o país.
A imposição da Inglaterra causou revolta, porque alguns navios britânicos chegaram a invadir as águas territoriais brasileiras para perseguir os traficantes. Apesar disso, o evento não chegou a desencadear uma guerra entre os países envolvidos.Isso porque o Brasil passava por crises econômicas e sociais durante o reinado de Dom Pedro II (1825-1891). Nesse período, o abolicionismo cresceu e os abolicionistas se uniram para combater o trabalho escravo no país. Por sua vez, o governo começou a controlar o processo de extinção do trabalho escravo.
Explicação:
A Lei Eusébio de Queirós foi decretada em setembro de 1850, durante o reinado de d. Pedro II, e decretou a proibição definitiva do tráfico negreiro no Brasil. Essa foi a segunda lei do tipo no Brasil (a primeira havia sido aprovada em 1831), e as pressões da Inglaterra sob o Brasil fizeram com que a lei fosse, de fato, aplicada com o Estado agindo duramente na repressão do tráfico negreiro.
Basicamente, a lei afirmava que navios brasileiros ou estrangeiros que tivessem escravos a bordo, ou indícios de que havia tido escravos como mercadoria de tráfico seriam consideradas traficantes de escravos e apreendidas pelas autoridades brasileiras. A Lei Eusébio de Queirós foi acompanhada de uma lei complementar aprovada em 1854, chamada Lei Nabuco de Araújo, que reforçava as punições para aqueles que encobrissem o tráfico de escravos africanos.O desenvolvimento do tráfico negreiro no Brasil está associado com a instalação da produção açucareira que aconteceu no país, em meados do século XV. O tráfico ultramarino de africanos, com o objetivo de escravizá-los, tem relação direta com a necessidade permanente de trabalhadores nos engenhos e também com a diminuição da população de indígenas.
Desde o início da colonização do Brasil por Portugal, os indígenas sofriam com a escravização, mas uma série de fatores fez a população de indígenas começar a diminuir. Primeiro, a violência dessa escravização, mas o fator mais relevante na diminuição da população indígena foi a questão biológica, uma vez que os indígenas não possuíam defesa biológica contra doenças, como a varíola.
Isso, porém, não fez com que a escravização de indígenas acabasse, mas fez com que uma alternativa despontasse. Além disso, havia a questão dos conflitos entre colonos e a Igreja, uma vez que a Igreja, por meio dos jesuítas, eram contrária à escravização de indígenas, pois os consideravam alvos potenciais para a conversão religiosa.
Outro fator relevante é o estranhamento cultural que existia nessa relação, pois os indígenas trabalhavam o suficiente para produzir aquilo que fosse necessário para o sustento de sua comunidade.
A lógica europeia de trabalho para produzir excedente e riqueza não fazia parte do meio de vida indígena e isso fez os europeus taxarem pejorativamente os indígenas de “inapropriados” para o trabalho. As constantes fugas dos indígenas, que conheciam a terra muito bem, também era outro fator relevante.
O último fator que explica o início do tráfico negreiro era o funcionamento do próprio sistema econômico mercantilista. Na lógica desse sistema, o tráfico ultramarino de escravos era um negócio relevante tanto para a metrópole quanto para colonos que se lançassem nesse empreendimento.
Dentro do funcionamento do sistema colonial escravista, a existência do tráfico negreiro atendia a uma demanda por escravos das colônias e, por ser uma atividade altamente lucrativa, atendia aos interesses da metrópole e da colônia.
Isso porque o envolvimento de Portugal com o tráfico de africanos, com o intuito de escravizá-los, era um negócio que existia desde meados do século XV. Os portugueses possuíam uma série de feitorias na costa africana e nela compravam africanos para enviá-los como escravos para trabalharem nos engenhos instalados nas ilhas atlânticas.
Concluindo, o entendimento dos historiadores, atualmente, a respeito desse assunto é que a escassez da mão de obra indígena e a instalação de um negócio que tinha alta demanda por escravos – a produção de açúcar – gerou uma demanda por outra mão de obra, e os comerciantes portugueses, identificando essa necessidade, ampliaram o tráfico negreiro a dimensões gigantescas.✌✌❤❤denada e muito obrigado