• Matéria: História
  • Autor: geovannejunior
  • Perguntado 7 anos atrás

quais as mudanças do modelo gaisel e figueredo

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respondido por: dudasklenp7ltk6
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Resposta:

Explicação:O Governo Geisel (1974-79)

O general Geisel foi o escolhido para suceder o general Médici. Diante das críticas à crise econômica e às próprias bases da ditadura militar brasileira, Geisel foi o escolhido para iniciar o processo de abertura política lenta, gradual e segura. Esses foram os primeiros passos dados em direção a redemocratização do Brasil.

Mas por que deveria ser uma “abertura lenta, gradual e segura”? Por que não acabaram com a ditadura de uma vez? Diante do barril de pólvora que o Brasil se encontrava, com o crescimento da oposição ao regime, foi necessário que a redemocratização ocorresse devagar, sem que houvesse qualquer retrocesso. Antes de tudo, era importante que fosse segura, principalmente, para os militares, que cometeram uma série de excessos durante o período ditatorial.

O general Geisel deu início à abertura política brasileira, mas não foi um processo tão tranquilo. Costuma-se dizer que o governo de Geisel baseou-se no binômio “sístole e diástole”, bem parecido com o que você aprende nas aulas de sistema circulatório. Durante seu governo, foram implementadas medidas de relaxamento e abertura, como o fim do AI-5, em 1978 (diástole), mas também medidas de contenção, repressoras, quando o presidente considerava necessário (sístole), o que pode ser percebido com as torturas, prisões e assassinatos que se mantiveram no período, como o do jornalista Vladmir Herzog.

O Governo Figueiredo (1979-85)

Com o fim do governo Geisel, Figueiredo foi o escolhido para terminar o processo de abertura política. Nesse período, cresciam as pressões não só pela redemocratização, mas também pela lei de anistia.

Desde o início da ditadura militar, diversos cantores, escritores, políticos e estudantes foram perseguidos por manifestarem oposição ao regime. Muitos acabaram assassinados e desaparecidos, mas alguns também foram exilados, como Gilberto Gil e Caetano. Portanto, cresciam as demandas pelo retorno dessas pessoas.

Como já é de se imaginar, a lei de anistia também não foi uma tarefa simples. Afinal, havia pressões de militares pela anistia a eles, também. Decidiu-se, então, por uma anistia ampla, geral e irrestrita, atingindo tanto os crimes realizados por militares e figuras próximas ao regime e também os opositores da ditadura.

A anistia ampla, geral e irrestrita gera discussões até hoje. Em 2012, durante o governo Dilma, foi instalada a Comissão da Verdade, para investigar as violações aos direitos humanos ocorridas durante a ditadura. No entanto, devido à lei de anistia, mesmo que alguns fossem considerados culpados, não seria permitida a punição pelos crimes cometidos.

Se hoje ainda temos debates em torno da lei de anistia, é de se esperar que logo após sua promulgação, em 1979, houvessem críticas. Grupos ligados a militares da linha dura ficaram muito insatisfeitos com o retorno dos opositores exilados. Neste período, ocorreram diversos atentados terroristas, como a carta-bomba enviada à OAB e o famoso atentado do Riocentro, no qual houve a tentativa de explosão de duas bombas em um show de MPB em homenagem ao dia do trabalhador.

Com o processo de abertura política marcado pelo o afrouxamento da censura, o fim do AI-5, a lei de anistia, etc., faltava ainda o cumprimento de uma grande demanda da população: o retorno de eleições diretas para presidente, como exigia a emenda Dante de Oliveira. Apesar das manifestações exigindo eleições diretas, como o famoso movimento das Diretas Já!, a emenda não foi aprovada. O presidente que sucedeu Figueiredo, eleito através de eleições indiretas, foi Tancredo Neves. Porém, a precoce morte de Tancredo fez com que seu vice, José Sarney, assumisse a presidência, marcando o fim à ditadura militar brasileira.

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