Sobre a obra O cortiço, de Aluísio Azevedo, a crítica literária temafirmado que um dos pontos altos da narrativa é seu narrador em3a. pessoa onisciente. Uma das estratégias de que tal narradorlança mão para construir a complexidade do enredo e daspersonagens é o discurso indireto livre. A alternativa que melhorilustra o uso desse tipo de discurso é:a)" — Então ficará com o quintal para sempre sem muro, porque oque tinha a dizer já disse!b) "Em compensação, não caía no quintal do Miranda galinha oufrango, fugidos do cercado do vendeiro, que não levasse imediatosumiço. João Romão protestava contra o roubo em termosviolentos, jurando vinganças terríveis, falando em dar tiros."c) "Se ela, em vez de nascer de Estela, fora uma enjeitadinharecolhida por ele, é natural que a amasse e então a vida lhe correriade outro modo; mas naquelas condições, a pobre criança nadamais representava que o documento vivo do ludibrio materno, e oMiranda estendia até à inocentezinha d'Africa o ódio quesustentava contra a esposa."d) "Todo ele, coitadinho, era uma só massa vermelha; as canelas,quebradas no joelho, dobravam moles para debaixo das coxas; acabeça, desarticulada, abrira no casco e despejava o pirão dosmiolos; numa das mãos faltavam-lhe todos os dedos e no quadrilesquerdo via-se-lhe sair uma ponta de osso ralado pela pedra. Foium alarma no pátio quando ele chegou. Cruzes! que desgraça!Albino, que lavava ao lado da Machona, teve uma síncope; Nenenficou que nem doida, porque ela queria muito àquele irmão; a dasDores imprecou contra os trabalhadores, que deixavam um filhoalheio matar-se daquele modo em presença deles; a mãe, essaapenas soltou um bramido de monstro apunhalado no coração ecaiu mesquinha junto do cadáver, a beijá-lo, vagindo como umacriança."e) "Foi da supuração fétida destas idéias que se formou no coraçãovazio do Miranda um novo ideal — o título. Faltando-lhetemperamento próprio para os vícios fortes que enchem a vida deum homem; sem família a quem amar e sem imaginação parapoder gozar com as prostitutas, o náufrago agarrou-se àquelatábua, como um agonizante, consciente da morte, que se apega àesperança de uma vida futura."
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A alternativa que melhor ilustra o uso desse tipo de discurso é:
Alternativa D.
> O discurso indireto livre é aquele em que a fala do narrador e a fala do personagem se misturam, como se os dois fossem um só.
O trecho do texto que apresenta a mudança da fala do narrador para a fala do personagem é "Cruzes! que desgraça!".
Essa passagem não é marcada pelo uso de aspas ou travessão. Por isso, as falas do narrador e do personagem se confundem.
O narrador está descrevendo a ação no pátio e acrescenta a fala do personagem no meio da sua descrição.
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Resposta:
Alternativa D é a opção correta
Espero ter ajudado (imagino que não já que já foi respondido).
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