O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conserva- ção e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza. (Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviatã". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.) "O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualida- des (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário." (Nico
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Acerca dos fragmentos apresentados acima, pode-se afirmar que ambos atuam defendendo o absolutismo, entretanto, nota-se que para Hobbes, o estado deve atuar de forma a garantir a proteção de seus homens, de uma periculosidade inerente ao indivíduo.
Entretanto, Maquiavel apresenta a uma preocupação relacionada com a orientação do governante acerca da forma adequada de se fazer utilização do poder.
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