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Explicação: O conto Entre Santos, de Machado de Assis, trata-se de uma narrativa dentro de outra narrativa, que em determinado momento dá caminho para mais outra. Um narrador em terceira pessoa abre, já no primeiro parágrafo espaço para um narrador em primeira pessoa . Enquanto era capelão na igreja de São Francisco de Paula, pôde surpreender, numa noite, o diálogo entre santos que durante o dia eram estátuas no templo eles discutiam o caráter humano, descobrindo nas pessoas que vinham rezar diante deles. S. João Batista e S. Francisco de Paula eram os autores dos comentários mais fortes= em relação ao ser humano. Um deles faz questão de lembrar uma pecadora que vinha pedir ajuda para se afastar de tal relacionamento, mas que, enquanto orava, rememorava momentos bons, o que diminuía a fé a ponto de fazê-la abandonar o seu lar sem nem mesmo completar seu pedido. Tudo isso se contrapõe aos comentários de São Francisco de Sales. Para reforçar a sua teoria de que não se deve perder a esperança no ser humano, conta a história de um avaro que cai no desespero quando sua esposa desenvolve erisipela , e procura a salvação divina e fica em dúvida de como irá pagar esse feito iludindo-se, que o espiritual é mais importante do que o material, por isso se propõe a, no lugar da moeda, rezar 300 padres-nossos. Nesse ponto, o seu caráter materialista se estranha com o espiritualista, pois imagina ser muito mais lucrativo rezar 300 padres-nossos e 300 ave-marias. De 300 passa para 1000, mas, ao invés de expressar-se e portanto efetuar sua promessa, perde-se, maravilhado, diante de tudo.