A professora de educação física Kátia percebeu que, em uma de suas turmas, uma aluna de 16 anos passou a apresentarperda de quantidade significativa do peso corporal e, ao mesmo tempo, demonstrava necessidade compulsiva derealizar, de forma contínua e vigorosa, as atividades físicas propostas na aula. Ao término da última aula, essa aluna,interessada em realizar atividades físicas extras, procurou a professora. Aproveitando o momento de diálogo, aprofessora demonstrou preocupação com a grande perda de peso da aluna nas últimas semanas. A adolescente, então,confessou que, por estar "se achando muito gorda", havia iniciado, por conta própria, uma dieta vigorosa, e tomavaanfetamínicos sem o conhecimento da sua mãe, para emagrecer mais rápido. Ela disse que até passava alguns diasingerindo apenas líquidos. A professora notou que a pele da aluna estava seca e suas unhas, quebradiças.Após orientá-la a buscar auxílio de profissionais da área de saúde, tais como nutricionistas e psicólogos, a professora sedespediu da aluna. Refletindo sobre a situação e valendo-se de seus conhecimentos científicos, a professora levantoua hipótese de que a aluna poderia estar aproximando de um quadro de anorexia restritiva, em que a perda de peso éconseguida por meio de dietas, jejuns e exercícios físicos excessivos.A professora avaliou o fato como uma alteração comportamental e comunicou-o à coordenação da escola e aosfamiliares da aluna. Em uma reunião, ela se prontificou a colaborar e ficou acordado que, entre as medidas a seremadotadas, incluía-se a de a professora Kátia ministrar uma palestra sobre a assunto para toda a turma.Abordando a situação a partir de uma dimensão pedagógica e ética, sem expor a aluna, seria correto a professora Kátiaproblematizar para a turma queI. os transtornos alimentares podem causar complicações clínicas que provocam alterações nos sistemasgastrointestinal (por exemplo, constipação), cardiovascular (por exemplo, arritmias), hematológico (por exemplo,anemia), reprodutivo (por exemplo, amenorreia) e metabólico (por exemplo, desidratação).II. o modelo cultural predominante na nossa sociedade supervaloriza os corpos delgados, o que tem acarretadoaumento da incidência de transtornos alimentares entre adolescentes, principalmente do sexo feminino. O "cultoà magreza" associa esse padrão estético à ideia de liberdade, sucesso e aceitação social.III. os meios de comunicação têm reforçado o padrão corporal magro, com o principal objetivo de auxiliar ascampanhas de saúde cujo foco é combater a incidência de sobrepeso na população, o qual, por sua vez, podeassociar-se a vários outros fatores de risco.IV. a massa corporal abaixo da estabelecida como normal pode ser mantida por pessoas em fase de crescimento,principalmente adolescentes, de forma a se conter o aumento acelerado do número de obesos no Brasil; devese, porém, evitar estados de desnutrição.É correto apenas o que se afirma emA I e II.B II e III.C III e IV.D I, II e IV.E I, III e IV.
#ENADE
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A I e II.
A professora Kátia, ao buscar a problematização da cultura que prega o "culto à magreza" no modelo atual, reforça a conscientização a respeito das consequências que a obsessão pelo "corpo perfeito" pode trazer aos indivíduos, como os transtornos alimentares.
Diante disso, torna-se essencial o desenvolvimento de um estilo de vida saudável, que de fato se alinhe com a vaidade de cada um, todavia se mantenha dentro dos limites e manutenção da saúde.
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resposta A : I e II. é a correta
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