Respostas
Resposta:
E m relação ao modo tradicional de se determinar a
seção dos condutores, o que muda no cálculo quan-
do os fios e cabos são percorridos por correntes
harmônicas? É preciso aumentar a seção dos condutores
devido à presença das harmônicas?
De fato, o dimensionamento de condutores tem si-
do feito, tradicionalmente, sem considerar a presença
de harmônicas.
Nada errado com os critérios básicos de dimensio-
namento, em si — aqueles seis critérios implícitos na
NBR 5410, isto é, seção mínima, capacidade de corren-
te, queda de tensão, sobrecarga, curto-circuito e conta-
to indireto (apenas quando se usa dispositivo a sobre-
corrente). Não, eles não mudam, existam ou não harmô-
nicas. O que muda é o cálculo do valor da corrente com
o qual serão equacionados esses critérios.
Recapitulemos. O passo prévio à aplicação desses cri-
térios é o cálculo da corrente de projeto (IB), com base na
previsão de carga do circuito. Presume-se, assim, que IB
será a maior corrente (valor eficaz) a circular no circuito
— incluindo, portanto, considerações seja sobre a não-si-
multaneidade no funcionamento das cargas (fator de de-
manda), seja sobre a possibilidade de aumento futuro da
carga (“fator de reserva”).
É a partir da corrente de projeto IB que se dimensiona o
condutor pelo critério da capacidade de condução de cor-
rente — o que é feito entrando-se com o valor de IB , cor-
rigido ou não com fatores que levam em conta temperatura