Respostas
Resposta:
Depois de quase duas semanas de feriado estendido para tentar conter a disseminação do coronavírus, os trabalhadores chineses voltaram ao batente na segunda semana de fevereiro. Mas o clima está longe do normal, aumentando as preocupações das empresas brasileiras que têm um relacionamento comercial próximo com o país.
De janeiro a novembro de 2019, as importações brasileiras de produtos manufaturados da China atingiram 32,08 bilhões de dólares, alta de 0,9% em relação a igual período do ano anterior. Se a crise continuar, segmentos importantes da indústria brasileira podem ficar desabastecidos.
No eletroeletrônico, que inclui os fabricantes de celulares e computadores, 42% dos componentes importados vêm da China, o equivalente a 7,5 bilhões de dólares em 2019.
Companhias brasileiras que têm unidades em território chinês adotaram uma postura cautelosa. A gaúcha Marcopolo, que emprega 200 chineses em sua fábrica de peças para ônibus em Changzhou, perto de Xangai, decidiu manter a unidade fechada até março, seguindo recomendação do governo local. O número de mortes causadas pela epidemia ultrapassou 1.000 na China em 11 de fevereiro.
Os impactos econômicos para o país, e para seus parceiros comerciais, continuam incertos. Previsões pessimistas calculam que o PIB chinês avançará apenas 1% no primeiro trimestre.