• Matéria: Biologia
  • Autor: ananicolelimaleal1
  • Perguntado 7 anos atrás

Como surgiu o Universo? Texto de no mínimo 20 linhas​

Respostas

respondido por: fmendonca968
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Responder essa questão de forma que agrade a todos, ou pelo menos a grande maioria, está, sem dúvida alguma, entre os maiores desafios que alguém ou qualquer instituição possa encontrar.
A origem do Universo é uma das grandes interrogações do homem, e está entre aquelas que mais geram polêmica e desentendimentos.
Existem duas linhas de respostas para essa tão intrigante questão. O primeiro grupo envolve as explicações de cunho mítico/ religioso e o segundo grupo trata das explicações científicas e filosóficas.
Os mitos, as lendas e muitos dogmas religiosos apresentam diversas explicações que tratam desde a criação do mundo, o surgimento dos seres vivos, a origem da humanidade e os fenômenos da natureza (chuvas, furações, terremotos, ventos, trovões, relâmpagos, eclipses, arco-íris, etc.). Segundo diversos pesquisadores (antropólogos, filósofos, educadores, teólogos, psicólogos, psicanalistas, historiadores, etc.), tais explicações, embora às vezes aparentemente ingênuas, são importantes por mostrarem valores comunitários nas mais diversas culturas.
Os mitos cosmogônicos se destacam dos demais por tratarem da origem do Cosmos, buscando explicar como todas as coisas (seres vivos, espíritos, deuses, astros, planetas, fenômenos naturais, etc.) estão inter-relacionadas.
A cosmogonia chinesa, por exemplo, atribui a origem de todas as coisas a Pan Gu (entidade mítica), que produziu as duas forças ou princípios universais do “yin” e “yang”. O “yin” e “yang” são duas forças complementares ou os dois princípios contrários que se harmonizam e abrangem todos os aspectos e fenômenos da vida. Conforme acreditam os chineses, com a combinação desses dois princípios contrários foram formados os quatro emblemas e os oito trigramas e, por fim, todos os elementos que compõem o Universo.
Na tradição cristã, o mundo foi criado por um Deus Onipresente, Onisciente e Onipotente, que determinou sob sua própria vontade quando e como surgiriam todas as coisas. De acordo com o Livro de Gênesis, todas as coisas (planetas, cometas, plantas, animais e o primeiro casal, Adão e Eva) foram feitos por Ele em seis dias. E, conforme acreditam a maioria dos cristãos, Deus ainda interfere rotineiramente na sua obra criada.
Esses são só dois exemplos bastante conhecidos, mas, além deles, existem milhares de outras explicações para a origem do Universo. Com raras exceções, cada povo e cada grupo étnico possui sua própria explicação acerca desse tema. Só para se ter uma idéia do número de mitos e lendas abordando essa questão vale lembrar que atualmente no Brasil existem mais de 220 povos indígenas, cada um com suas particularidades, tradições e costumes. Sendo que muitos destes povos indígenas possuem explicações únicas e totalmente diferentes daquelas apresentadas pelos chineses e cristãos.
O segundo grupo de teorias apresenta a origem do mundo baseando-se em opiniões filosóficas e estudos científicos. A mais famosa delas é a “teoria do Big Bang” (que significa “grande explosão”), que foi proposta em meados do século XX.
Mas, antes de falar sobre a “teoria moderna do Big Bang”, é preciso apresentar como e quando no mundo ocidental ocorreu a separação entre as teorias míticas/ religiosas e o pensamento filosófico/ científico.
Durante toda a Idade Média, a versão predominante da origem do Universo para o mundo ocidental estava intimamente ligada à “teoria Criacionista” do cristianismo católico. No período do Renascimento, pouco a pouco, as concepções tradicionais do cristianismo sobre a criação foram deixadas de lado pela maioria dos filósofos e cientistas.
O filósofo inglês John Locke (1632-1704) não aceitava a criação como obra “ex-nihilo” (criação a partir do nada). Para John Locke, a origem do Universo só poderia ter ocorrido a partir da elaboração de matéria preexistente. Partindo dessas idéias, diversos filósofos como o holandês Baruch de Spinoza (1632-1677), o escocês David Hume (1711-1776) e os alemães Immanuel Kant (1724-1804), Johann Gottlieb Fichte (1762-1814), Friedrich W. J. von Schelling (1775-1854), deram enormes contribuições nessa polêmica questão. Essas contribuições culminaram com a concepção de Georg W. Friedrich Hegel (1770-1831), que não conseguia imaginar a idéia de Deus sem a existência do mundo. A criação, para Hegel, é concebida em sentido naturalístico, como evolução, ou em sentido idealístico, como atividade universal do espírito.
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