• Matéria: ENEM
  • Autor: lenaoliveer4033
  • Perguntado 7 anos atrás

Olhou as cédulas arrumadas na palma, os níqueis eas pratas, suspirou, mordeu os beiços. Nem lhe restava odireito de protestar. Baixava a crista. Se não baixasse,desocuparia a terra, largar-se-ia com a mulher, os filhospequenos e os cacarecos. Para onde? Hem? Tinha paraonde levar a mulher e os meninos? Tinha nada!(...) Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que oroubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódioimenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo acampina seca, o patrão, os soldados e os agentes daprefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estavaacostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes searreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa.Graciliano Ramos. Vidas secas. 106.ª ed. São Paulo: Record, 1985, p.96-7.A leitura do trecho acima do capítulo Contas, do romanceVidas Secas, de Graciliano Ramos, indica que, nessa obra,a relação entre o texto e o contexto de sua produção estáconcentradaA na abordagem regionalista e pitoresca do fenômenoambiental da seca no Nordeste.B na representação da riqueza interior de vidaseconômica e culturalmente pobres.C no realismo descritivo, que apresenta pormenores dabeleza da paisagem nordestina.D na atitude engajada do protagonista Fabiano, que serecusa a ser explorado pelo patrão.E no caráter ufanista da obra, que exalta a força dacultura popular nordestina.

#ENADE

Respostas

respondido por: ferretti
7

O texto de Graciliano Ramos denominado Vidas Secas é um dos maiores clássicos da literatura brasileiral. Ele está inserido em um contexto de consolidação das indentidades nacionais, pautado na formação de certas imagens ideais de indivíduos que compunham nossa constituição demográfica.

Em Ramos é possível encontrar aspectos voltados ao valor interior dos indivíduos explorados social e economicamente. Fabiano e sua família, especialmente no texto de Vidas Secas, demonstram que, apesar de viver, externamente, em um ambiente grosseiro, violento e hostil, no fundo, há em sua essência a força do que luta para viver.

B na representação da riqueza interior de vidas econômica e culturalmente pobres.

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