Respostas
Estado teológico
Nesse estado, as sociedades ainda se encontram sob forte influência do mundo sobrenatural, buscando nas divindades a explicação para todos os fenômenos percebidos no mundo à sua volta.
Nesse estado, as sociedades ainda não valorizam o pensamento racional, e os mitos e a religião ocupam posição central.
O Estado Teológico foi dividido por Comte em:
Fetichismo ou Animismo: este estado tem como característica dar aos objetos concretos da natureza vida e vontade própria. Exemplos: sociedades tribais africanas e indígenas;
Politeísmo: nesse estado o controle de todas as coisas está nas mãos de vários deuses. Exemplo: deuses da Grécia e Roma Antigas;
Monoteísmo: nesse estado o controle de todas as coisas passa a estar nas mãos de um único deus. Exemplos: Judaísmo e Cristianismo.
Estado metafísico
No Estado metafísico, as sociedades passam por um momento de transição, com o gradual abandono dos dogmas divinos como razão única para entender o mundo. Aos poucos, surgem as primeiras reflexões sobre os fenômenos da natureza, ainda que de maneira abstrata e sem qualquer tipo de comprovação prática.
Estado positivo
Nesse estado, o homem deixa de lado as causas metafísicas, passando a buscar explicações lógicas e racionais para todos os fenômenos da natureza. A principal característica do estado positivo é a existência de uma ciência que busca investigar e estudar as leis naturais, explicando os fenômenos de maneira racional.
Positivismo religioso
Para Comte, o Estado Positivo era o último estágio da civilização, caracterizado por ser real, útil, certo, relativo, orgânico, preciso e simpático. A Europa teria atingido esse estado graças à modernização urbano-industrial alcançada no século XIX, que implicava uma compreensão e transformação da natureza, até então, nunca alcançada.Por outro lado, Comte constatou que a sociedade industrial contemporânea passava por transformações profundas nos costumes, de modo que o senso moral e ético se perdia em nome do lucro e da acumulação de riquezas.
Essa questão moral levaria Comte, no final de sua vida, a dedicar-se à criação de uma “religião da humanidade”, um tipo de doutrina desprovida do caráter dogmático das religiões tradicionais, tendo como principais valores a razão e o caráter moral elevado.
Essa “religião da humanidade”, também chamada de Positivismo Religioso, embora fosse marcada pelo cientificismo, foi alvo de muitas críticas, levando grande parte dos intelectuais a se distanciar de Comte.