• Matéria: Português
  • Autor: luanarocha1701
  • Perguntado 7 anos atrás

produza um texto sobre o tema:a valorização da mulher no mundo contemporâneo​

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respondido por: meltrazone
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O conceito de gênero possui uma enorme amplitude de usos e se faz presente em várias áreas da produção teórica, quer seja nas ciências naturais, quer seja nas ciências humanas e sociais. A sociedade comumente determina as diferenças de gênero baseadas na construção cultural de que o homem, por ser superior ,"fala por", engloba, e representa a mulher. Este modelo social é bidimensional, ou seja, a relação hierárquica é composta de dois níveis, o superior representado pelo homem e o inferior representado pela mulher.

A representação das mulheres como sujeitos inferiores é fortemente difundida em diversos tempos históricos. No período de 1950 e 1960 a mulher esteve na esfera do lar e o homem na rua. Nesta época a mulher era vista como se, biologicamente, fosse contemplada com habilidades de forno e fogão. A rainha do lar se consolida não apenas como esteriótipo de filmes hollywoodianos, mas na educação. Existiam diferenças nos currículos das escolas femininas e masculinas; as meninas aprendiam corte e costura, e poderiam ser, no máximo, professoras. O magistério seria o limite para as ambições profissionais das mulheres.

Esse dualismo (casa e rua) iria ser rompido com o movimento feminista que foi idealizado nos anos 1960 concomitantemente ao movimento “hippie” e a contracultura. A pílula anticoncepcional permitiu à mulher o controle sobre seu corpo, e num mundo pré-AIDS, o amor livre tornou-se uma prática libertadora. Inicialmente nos EUA e Europa, as revolucionárias não apenas queimaram roupas íntimas como também se inseriram nos circuitos culturais das universidades. A partir desses debates, se iniciou uma revolução dentro dos setores das ciências humanas. Áreas como filosofia, sociologia e história criaram departamentos exclusivos para discussões sobre as questões de gênero. Assim, o feminismo revolucionário passou das fogueiras de sutiãs e das passeatas às cadeiras das universidades com os “estudo de gênero”. Hoje o feminismo pode se definir como uma teoria política que se baseia na análise das relações entre os sexos, bem como na prática da luta pela libertação das mulheres. Para algumas feministas, a contradição entre os sexos é básica, atravessando todas as demais contradições: como as de classes sociais, de raças e de povos.

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O Feminismo no Brasil

No Brasil, o feminismo se manifesta tardiamente, apesar das primeiras duas décadas do século XX serem palco de uma breve emergência do movimento caracterizado, principalmente, nas greves de 1917, na Semana de Arte Moderna de 1922 e, nesse mesmo ano, na fundação do Partido Comunista do Brasil.

Nesse período tem grande destaque Patrícia Rehder Galvão, de apelido Pagú. Escritora, jornalista e militante do Partido Comunista defendia a participação ativa da mulher na sociedade e na política - e foi a primeira brasileira do século 20 a ser presa política.

Em 1932 as mulheres conquistam o direito de votar no Brasil, mas é também neste período que os padrões normativos da ideologia da domesticidade se constituem como ponto comum no meio social. Neste contexto Nisia Floresta e Bertha Lutz são consideradas as pioneiras do feminismo no Brasil. Lutz fundou a Federação do Progresso Feminino que lutava pelo direito ao voto e pelo direito da mulher trabalhar sem o consentimento do marido. Cabe ressaltar que o Brasil se organizou desde 1500 numa estrutura patriarcal, onde as filhas mulheres saiam da dominação do pai para passarem à dominação de seu marido.

Bertha Maria Julia Lutz se destaca pela luta por mudanças na legislação trabalhista com relação ao trabalho feminino e infantil, e até mesmo a igualdade salarial. Foi eleita deputada Federal e em 1937, com o golpe do Estado Novo, perdeu o mandato.

Apesar desses acontecimentos é entre os anos 30 e 60 que assistimos à emergência de um expressivo movimento feminista, questionador não só da opressão machista, mas dos códigos da sexualidade feminina e dos modelos de comportamento impostos pela sociedade de consumo. No contexto de um processo de modernização acelerado, promovido pela ditadura militar

(Copia so o primeiro paragrafo)

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