1. A hipótese que você levantou a respeito do nome do conto se confirmou? Explique.
2. Os três primeiros parágrafos narram o vigor da natureza naquele ano.
a) Pela alegria das pessoas diante desse fenômeno, o que se pode inferir a
respeito da condição do lugar em que elas vivem?
b) A certa altura da narrativa, a que essa alegria deu lugar? Selecione e copie
trechos que revelem a mudança de estado de espírito das personagens.
c) No conto, a natureza não é percebida apenas em seu aspecto biológico. Veja:
Respostas
1. Resposta pessoal, pois depende da hipótese que VOCÊ levantou sobre o que o conto iria tratar, baseado apenas em seu título "Por um pé de feijão".
a) O que se pode inferir a respeito da condição do lugar em que elas vivem é de que era um lugar árido, infértil, que dava poucos frutos.
("a nossa terra, feinha, cheia de altos e baixos, esconsos, areia, pedregulho e massapê")
b) Essa alegria deu lugar a tristeza, causada pela perda, durante um incêndio, de todas as sacas de feijão.
Trechos: "E vi os meninos conversarem só com os pensamentos e vi o sofrimento se enrugar na cara chamuscada do meu pai"; "E vi a cara de boi capado dos trabalhadores"
c) O menino do conto percebia a plantação como uma pessoa ("feito gente"), com capacidade de compreender e compartilhar os sofrimentos.
> A figura de linguagem que ressalta essa percepção é a personificação ou prosopopeia.
Conto "Por um pé de feijão", de Antônio Torres.
1. O conto de Antônio Torres se chama "Por um pé de feijão". Seu título pode levantar diversas hipóteses como:
- A de que o texto vai falar sobre algo que aconteceu ou deixou de acontecer apenas por causa de um pé de feijão;
- A de que o texto vai contar a história de alguém que fez algo para conseguir um pé de feijão;
- A de que o texto vai falar sobre o pé de feijão como um meio de transporte para algum lugar;
A hipótese levantada é pessoal, porém, existe uma grande chance de a hipótese levantada não corresponder ao conteúdo do texto que é bastante surpreendente.
2a. Pela forma com que o texto foi contado, é possível inferir que não é comum a passagem de um ano onde o solo está tão fértil e a chuva vem com frequência favorecendo as plantações. Portanto, é possível imaginar que o local é de seca e escassez. Inclusive, no primeiro parágrafo há uma pequena descrição de como a terra costumava ser antes deste ano bom que foi narrado. A descrição: "(...) a nossa terra, feinha, cheia de altos e baixos, esconsos, areia, pedregulho e massapê (...)"
2b. A alegria deu lugar a tristeza e ao desespero. A desilusão de ter um ano tão bonito e ter dedicado tanto trabalho e não poder colher os frutos disso tudo, pois alguém provocou um incêndio na colheita.
Os trechos que demonstram a mudança de espírito são:
- "E eu vi os olhos da minha mãe ficarem muito esquisitos, vi minha mãe arrancando os cabelos com a mesma força com que antes havia arrancado os pés de feijão: - Quem será que foi o desgraçado que fez uma coisa dessas? Que infeliz pode ter sido?"
- " E vi os meninos conversarem só com os pensamentos e vi o sofrimento se enrugar na cara chamuscada do meu pai, ele que não dizia nada e de vez em quando levantava o chapéu e coçava a cabeça. E vi a cara de boi capado dos trabalhadores e minha mãe falando, falando, falando e eu achando que era melhor se ela calasse a boca."
c. "Toda a plantação parecia nos compreender, parecia compartilhar de um
destino comum, uma festa comum, feito gente."
O menino percebia a plantação como se ela fosse um ser com sentimentos, capaz de comemorar seu próprio sucesso e dividir sua alegria com a família. A figura de linguagem que ressalta essa percepção é a prosopopeia, ela fica clara no trecho "feito gente".
A prosopopeia é uma figura de linguagem usada para atribuir sentimentos e características humanas a seres inanimados ou animais irracionais.
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