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O século XIX foi palco de uma série de transformações que mudaram para sempre a forma do ser humano se relacionar com o trabalho. Com as máquinas a vapor e a produção em série da Primeira Revolução Industrial surgiram uma variedade de profissionais e profissões que até então não existiam, além de oportunidades e desafios voltados à mão de obra para operação de equipamentos e manutenção.
Algo similar está acontecendo desde a virada para o século XXI, marcada por invenções disruptivas como a do primeiro iPhone, apresentado por Steve Jobs em 2007.Passamos a viver em um mundo no qual a conectividade, os aplicativos e avanços tecnológicos estão ao alcance da mão. Isso revolucionou o mercado que se abre caminho para novas possibilidades e faz com que as profissões do futuro ganhem espaço, demandando o desenvolvimento de novas competências. É a Quarta Revolução Industrial.
Todo esse histórico foi apresentado por Marcelo Veras, sócio e membro do conselho da empresa Inova Consulting. “É muita coisa ao mesmo tempo, tudo aqui e agora”, afirma. “Muitas profissões nascem desse tsunami de áreas como a nanotecnologia, a inteligência artificial e a computação cognitiva”. Se antes já havia uma dificuldade para escolher uma carreira na qual seguir, hoje as possibilidades são ainda mais variadas, acredita o especialista.
Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, entre 65% e 70% das crianças que ingressam no ensino fundamental atualmente trabalharão em empregos que sequer existem nos dias de hoje. Além disso, 50% das empresas pretendem automatizar e reduzir parte do tempo de trabalho de seus empregados até 2022, de acordo com a mesma pesquisa. Outro dado interessante mostra que 54% dos trabalhadores devem se requalificar e adquirir novas competências relacionadas a pensamento crítico, inovação, criatividade e proficiência em novas tecnologias.
Tudo isso significa que nós, seremos humanos, precisaremos aprender constantemente, e não apenas durante uma graduação para seguir em determinada carreira. Até porque seremos cada vez mais influenciados pelas transformações digitais, seja em carreiras consideradas tradicionais, nas tecnológicas ou mesmo nas que ainda não existem, diz o especialista.“Os conhecimentos vão mudar tanto que será preciso agregar aprendizados ao longo da vida”, apo