Uma senhora de 56 anos, com peso de cerca de 60 kg, foi atropelada. É levada pelo SAMU (Serviço de AtendimentoMóvel de Urgência) ao pronto-socorro, onde chega 1 hora depois do atropelamento. Está consciente, embora queixosa eagitada. Tem fratura exposta de perna esquerda, com extensa laceração de partes moles. O sangramento foi controladocom um torniquete, aplicado logo acima do joelho. O socorrista que atendeu a vítima no local explica que o sangramentoera, inicialmente, muito intenso e difuso. Tentou controlá-lo com enfaixamento compressivo, mas não conseguiu. Optouentão por usar o torniquete, aplicado há cerca de 30 minutos. Não há outras lesões aparentes. Sinais vitais: pulso: 120batimentos por minuto, regular; freqüência respiratória: 32 ventilações por minuto, sendo a expansão torácica simétrica esuperficial; pressão arterial: 80 × 60 mmHg. O tratamento do choque desta paciente(A) deve ser feito com a administração precoce de drogas vasoativas, além da reposição volêmica adequada. Oobjetivo é garantir a normalização da pressão arterial, para manter a perfusão cerebral.(B) deveria ter sido iniciado já no local do atropelamento, antes do transporte, com a administração rápida de 2 litros deRinger lactato ou de soro fisiológico, para normalizar a pressão arterial.(C) fica muito prejudicado pelo uso do torniquete, que piora a perfusão distal da perna. Sua retirada pode levar àscomplicações da síndrome de reperfusão. O socorrista deve ser orientado a não adotar mais tal estratégia paracontrolar a hemorragia.(D) deve ser feito pelo controle da hemorragia, em centro cirúrgico, e pela reposição de volume (solução salina esangue). O controle da adequação da reanimação volêmica é feito pelo débito urinário, que deve ser de, pelomenos, 30 mL/hora.(E) deve ser iniciado logo depois de excluída lesão cerebral e abdominal, de preferência por tomografiacomputadorizada. O tratamento de tais lesões pode ser mais urgente.
#ENADE
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A alternativa D) apresenta como será o tratamento de choque da paciente.
O tratamento de choque seguirá um protocolo de controle hemorrágico em centro cirúrgico com pinçamento e ligamento de vasos, e pela reposição da volemia, através de NaCl a 0,9% e com sangue.
O controle da volemia deverá ser mantido constante até o final dos procedimentos cirúrgicos, tendo em mente que ela estará perdendo sangue constantemente.
As hemorragias internas são muito mais complicadas de serem resolvidas, na grande maioria das vezes é preciso abrir muito a cavidade, tornando o pós-operatório muito desagradável.
Espero ter ajudado!
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