(Adaptado UFABC, 2019) Veja o texto a seguir:
Redes pessoais e vulnerabilidade social
Redes sociais têm sido cada vez mais consideradas como elementos importantes na construção de uma grande variedade de processos, desde a mobilização política em movimentos sociais ou partidos políticos, até as ações e a estrutura de relações formais e informais entre as elites políticas e econômicas ou na estruturação de áreas de políticas públicas, entre muitos outros temas. Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais, aquelas que cercam os indivíduos em particular. Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade de diversos grupos sociais, para compreender como os laços sociais são construídos e transformados e suas consequências para fenômenos como integração social, imigração e apoio social.
No caso específico da pobreza, a literatura tem estabelecido de forma cada vez mais eloquente como tais redes medeiam o acesso a recursos materiais e imateriais e, ao fazê-lo, contribuem de forma destacada para a reprodução das condições de privação e das desigualdades sociais. A integração das redes ao estudo da pobreza pode permitir a construção de análises que escapem dos polos analíticos da responsabilização individual dos pobres por sua pobreza (e seus atributos), assim como de análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos e constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno.
A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, embora os últimos anos tenham assistido a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais para a explicação da pobreza. Parece-nos evidente que tanto constrangimentos e processos supraindividuais (incluindo os econômicos) quanto estratégias e credenciais dos indivíduos importam para a constituição e a reprodução de situações de pobreza. Entretanto, essas devem ser analisadas no cotidiano dos indivíduos, de maneira que compreendamos de que forma medeiam o seu acesso a mercados, ao Estado e às trocas sociais que provêm bem-estar.
(Eduardo Marques, Gabriela Castello e Renata M. Bichir. Revista USP, no 92, 2011-2012. Adaptado)
É correto afirmar que esse texto se dedica, principalmente, a
Escolha uma:
a - mostrar contribuições das redes pessoais para o estudo da pobreza.
b- assinalar medidas capazes de minimizar o problema da desigualdade social.
c- desvelar um mal que toma o mercado como um todo.
d- controverter o papel das elites econômicas no incentivo ao consumo censurar o tratamento dado ao tema “pobreza” pelos estudiosos de redes sociais.
e- acusar equívocos frequentes nos estudos sobre a pobreza.
Respostas
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a - mostrar contribuições das redes pessoais para o estudo da pobreza.
Os textos acima tem mostrado o impacto que as redes sociais podem promover ao estudo da pobreza, principalmente no sentido de que as camadas mais pobres, por falta de instrução, tornam-se mais expostos e vulneráveis nas mídias sociais.
Por conta disso, encontram-se mais sujeitos a ataques cibernéticos, envolvendo hackers, por conta desta questão da desinformação.
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