Em 2015, o governo chinês anunciou o plano de consolidar uma área metropolitana contínua entreBeijing e Tianjin, com objetivo de que a megalópole ocupasse uma área equivalente a seis vezes a cidadede Nova York e atingisse uma população próxima a 130 milhões de habitantes. Esse é um dos planosrecentes que parecem sinalizar para uma percepção acerca da conexão existente entre crescimentoeconômico e urbanização. Essa última, longe de ser apenas o resultado passivo do primeiro, é cada vezmais reconhecida como seu motor indispensável.Essa constatação contradiz inúmeras narrativas surgidas nos últimos decênios que, evocando as facilidadesde comunicação e transporte possibilitadas pelas inovações tecnológicas, ponderavam que a proximidadeespacial e, consequentemente, a aglomeração da população em grandes centros urbanos haveria perdidoseu sentido econômico e social.No mínimo, o mundo haveria de caminhar para um processo de urbanização cada vez mais difuso,dominado por redes de pequenas e médias cidades fisicamente próximas e economicamente conectadas;em versões mais ousadas, a difusão do trabalho à distância e as infinitas possibilidades de subcontrataçãoviabilizadas pela comunicação em tempo real permitiriam formas de cooperação que diluiriam porcompleto a necessidade de copresença em um espaço de fluxos imateriais. Embora a primeira hipótesepareça mais plausível, a realidade é que não apenas a urbanização, mas a metropolização continua sendoum traço permanente da economia atual, o que suscita a necessidade de discutir, de uma parte, as forçasque continuam a impelir esse crescimento ininterrupto das cidades e a reestruturação dos seus espaçose, de outra, as aberturas e possibilidades políticas existentes para direcionar esse crescimento paraconfigurações mais desejáveis do ponto de vista social e ambiental.SANFELICE. D. A centralidade das aglomerações metropolitanas na economia globalizada: fundamentos econômicose possibilidades políticas. Cadernos Metrópole, São Paulo, v. 18, n. 37, 2016 (adaptado).A respeito da relação entre urbanização e crescimento econômico, é correto afirmar que o textoA reconhece o fenômeno da dispersão como uma constatação da urbanização atual.B corrobora a ideia de que o mundo deveria caminhar para um processo de urbanização difusa.C pontua que, em função das novas tecnologias de comunicação, a urbanização se torna dispersa.D refuta a premissa de que a aglomeração de população em centros urbanos perdeu seu sentidoeconômico e social.E demonstra que o ritmo de urbanização e o crescimento do número de metrópoles são consequênciasda proximidade física entre as cidades.
#ENADE
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A reconhece o fenômeno da dispersão como uma constatação da urbanização atual.
O texto evidencia o fenômeno da dispersão como uma efetivação da urbanização atual, de forma que seja possível o desenvolvimento de um maior conglomerado urbano, de uma forma geral.
A partir disso, torna-se possível o desenvolvimento urbano, o qual não se reflete no desenvolvimento econômico, apenas aponta a crescente camada populacional tendendo às metrópoles.
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