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Resposta:
Funcionando conforme a primeira lei de Newton, a lei da inércia, a qual afirma que o corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando-o de percurso, o ensino domiciliar é um problema que persiste na sociedade brasileira há algum tempo. Com Isso, em vez de funcionar como a força suficientemente capaz de mudar o percurso deste problema, da permanência para a extinção, os mecanismos de combate, aliados à razão estrutural acabam por contribuir com o cenário atual.Primeiramente, é possível perceber, preocupantemente, que essa circunstância deve-se a questões político-estruturais. De acordo com estimativas, atualmente, cerca de 5 mil crianças recebem o ensino domiciliar, sem comprovação acerca da sua qualidade. Esse dado evidencia a baixa eficiência de mecanismos de combate que promovam a diminuição da ocorrência desse problema, tais como o Ministério da Justiça e a Lei anti preconceito. Diante disso, é notório que a existência desses meios é de suma importância, mas suas ações não estão sendo satisfatórias para melhorar os índices alarmantes dessa problemática.Além disso, é cabível afirmar que essa situação, extremamente nociva, acontece devido à razão estrutural que é o Fato Social. Segundo Durkheim, o Fato Social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, coletividade e coercitividade. Ao seguir essa linha de pensamento, observa -se que a lenta mudança na mentalidade de parte da sociedade, sobre a importância da socialização e da convivência com a pluralidades proporcionalizadas pela escola, pode ser encaixada na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo ,também, por conta da vivência em grupo. Assim, o combate a esse problema deve começar tentando fazer com que os jovens não adotem essa maneira de agir e pensar de seus familiares, para isso é fundamental o trabalho da escola.
Resposta:
Na obra cinematográfica "Capitão fantástico", Ben é um pai que possui um estilo de vida não convencional, ele opta por educar seus filhos em casa, isolados da civilização. No entanto, mesmo aprendendo diversas aréas do conhecimento e possuindo até mais inteligência do que alunos de uma escola tradicional, seus filhos têm dificuldade na interação com outras pessoas. Nesse sentido, nota-se que o Homeschooling ao passo que pode ser benéfico a criança, pode também prejudicar em diferentes aréas. Por isso, é importante analisar os prós e contras da educação domiciliar no Brasil.
A priori, é possivél observar que a prática do Homeschooling teve inicio no Brasil na decada de 90 e a cada ano ganha mais adeptos, porém, ainda não há uma regulamentação sobre o tema. Percebe-se, que os que são favoráveis a educação domiciliar alegam uma insatisfação com o ambiente escolar e acreditam que em casa poderiam proporcionar melhores resultados, além de proteger seus filhos contra diferentes tipos de assédio, como o Bullying. Prova disso, é que no Brasil, segundo dados do IBGE, 47% dos alunos sofrem Bullying no ambiente escolar. Outra grande preocupação dos pais, segundo a Associação Brasileira de Defesa e Educação Familiar, diz respeito aos conceitos divergentes em relação aos seus próprios principios e valores, sejam religiosos ou morais, ou uma suposta doutrinação das crianças por parte do Estado.
É indubitável analisar ainda, que um dos argumentos contrários ao ensino domiciliar seria de que não haveria mecanismos de controle em relação a frequência e conteúdo lecionado e nem garantia da sua qualidade. Além disso, a convivência social com grupos variados proporcionada pela escolar não seria necessáriamente garantida pelo Homeschooling e atrapalharia diferentes aréas da vida da criança, como trabalho em equipe e a questão de conflitos de opniões. Nota-se, que muitos especialistas da educação apontam ainda a importância da escola em identificar comportamentos de risco dentro do ambiente familiar, como violência doméstica e abuso sexual. Isso porque, segundo o Ministério da Saúde a maioria dos casos de abuso sexual ocorrem em casa. Desse modo, se faz necessário um estudo criterioso em relação a educação domiciliar no Brasil.
Torna-se evidente, portanto, que existe pros e contras com relação a educação domiciliar. Por isso é importante que haja um equilibrio entre entre eles. Primeiro o Estado deve destinar mais recursos para garantir o funcionamento eficiênte da escola, investindo em infraestrutura e capacitação de professores a fim de diminuir a busca por outras formas de ensino. Porém, deve também regulamentar o ensino domiciliar para os que já o fazem, desde que se tenha uma fiscalização adequada e uma obrigatoriedade de que a criança compareça a uma escola para a prática de atividades de recreação, que estimule a socialização, tudo isso a partir de aulas de educação física ou teatro, ministrados por profissionais. Só assim seria possivél ter um equilibrio entre essa questão tão discutida atualmente no Brasil.