3) "[...] a força de trabalho é mercadoria inteiramente especial, já que é a mercadoria cujo valor próprio de uso tem a propriedade peculiar de ser fonte de valor. Em outros termos, aquela mercadoria que é a força de trabalho não somente tem seu valor, mas também tem a propriedade de produzir valor. Com efeito, tendo comprado a força de trabalho, o possuidor dos meios de produção tem o direito de consumi-la, isto é, de obrigá-la a trabalhar, por exemplo, por doze horas; mas em seis horas (tempo de trabalho "necessário"), o operário cria produtos que são suficientes para cobrir as despesas com sua própria manutenção, ao passo que, nas seis horas restantes (tempo de trabalho "suplementar"), cria um produto que o capitalista não paga." (REALE & ANTISERI, 2005, p. 181). REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: do Romantismo ao Empiriocriticismo. Volume 5. São Paulo: Paulus, 2005. O trecho acima se refere a uma das críticas que Marx tece ao analisar o trabalho no sistema capitalista. Assinale a alternativa que indica a alternativa correta com relação a isso. Selecione uma alternativa: a) Trata-se de um trabalho desenvolvido como "hora-extra" e, portanto, posteriormente é feito um acerto. b) Esse trabalho extra desenvolvido pelo trabalhador lhe dá direito às férias. c) Esse produto suplementar não pago pelo capitalista ao operário é aquilo que Marx chama de mais-valia. d) Marx aponta que esse trabalho não pago caracteriza um regime de escravidão. e) Marx não consegue entender o motivo dos trabalhadores trabalharem mais.
Respostas
Resposta:
Letra C : c) Esse produto suplementar não pago pelo capitalista ao operário é aquilo que Marx chama de mais-valia.
Explicação:
Corrigido pelo Desafio Nota Máxima
O termo mais-valia é usado para representar o excedente da riqueza que fica com o burguês (ou empregador) e não é passada ao empregado. Por esse motivo, o gabarito é dado pela letra C.
A relação entre patrão e empregado
Na visão marxista, existe uma relação de exploração entre patrão e empregado. De um lado, o patrão é dono de fatores de produção (capital e terra) que são importantes para a geração de bens de consumo e riquezas em toda a sociedade.
Por outro lado, o empregado troca a força de trabalho (energia física e/ou mental) por um salário.
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