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DEZ DICAS PARA AVALIAR UMA OBRA DE ARTE
Conciliar arte e investimento é uma estratégia de portfólio bem agradável. É possível se rodear de objetos belos que podem significar rendimentos. Mas quando um quadro passa a ser visto também como ativo financeiro é preciso muito mais que ser um grande apreciador. Avaliar obra é tarefa complexa que exige conhecimentos específicos. Ainda mais nesse momento de grande oscilação do dólar, que é a principal referência de cotação do mercado. Alguns critérios básicos podem ser fundamentais. Afinal, uma arte de qualidade continuará se valorizando independentemente das guinadas da moeda americana.
1 ? Autor. Os diversos artistas atingem cotações diferentes, mesmo os contemporâneos e com biografias semelhantes.
2 ? Técnica. Os processos de produção mais valorizados são óleo ou acrílico sobre tela, madeira e carvão. Depois vem o guache ou têmpera sobre papel. Seguem a aquarela, pastel, lápis de cor e ecoline sobre papel. Desenhos a nanquim, carvão, sépia e lápis só não valem menos que a gravura.
3 ? Datas. O artista tem o período de produção de destaque.
Por exemplo, as obras do começo da carreira do brasileiro Milton Dacosta valem mais que as da sua fase posterior, a construtiva.
4 ? Tamanho. Nos quadros não tem influência. Já nas
esculturas, sim.
5 ? Conservação. O bom estado é um fator determinante
para o preço.
6 ? Tema. Todo artista tem um tema que o consagra. Como
os retratos de Facchinetti, que valem mais que as paisagens.
7 ? Origem. É o pedigree da obra. Se já pertenceu a colecionadores importantes, isso pesa no preço.
8 ? Valor histórico. A participação em algum movimento
artístico ou grande exposição deve ser considerado.
9 ? Modismo. Cuidado, há momentos em que o artista é mais procurado pelo mercado. Depois, volta ao normal.
10 ? Assinatura. Quando vem na frente, como nos painéis
do Volpi, vale mais.