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A meritocracia (do latim mereo -ser digno, merecer- e do grego antigo krátos -força, poder-) é um sistema (distópico) ou modelo de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais do indivíduo. O termo em si surgiu em um livro de ficção publicado em 1958, no entanto a ideia de ascensão social pelo mérito teve início com os ideais iluministas, principalmente durante a Revolução Francesa, usada como meio de justificativa da riqueza da burguesia aos demais membros do terceiro estado.
É aplicada, atualmente, nos meios políticos, econômicos e sociais, principalmente quando o modelo usado é o neoliberalismo, em uma tentativa ilusória bem sucedida de justificar cargos empresariais ou governamentais e vagas universitárias obtidos por aqueles que vivem em boas condições financeiras, sociais e até étnicas.
O problema da meritocracia são as oportunidades de provar tal mérito e fazer dele a ascensão do indivíduo. Nas palavras de Ricardo Paes de Barros: "Sem resolver a desigualdade de oportunidades, ficar falando em meritocracia é piada. Como discutir o mérito de quem chegou em primeiro lugar em uma corrida onde as pessoas saíram em tempos diferentes e a distâncias diferentes?”.
Ademais disso, nem só o mérito coloca alguém no topo, o mundo gira também em torno do valor: Satisfaça as necessidades dos outros, e as suas serão satisfeitas. Não importa se é por mérito, por sorte ou por talento. A pessoa mais esforçada e bem-intencionada do mundo, se não criar valor, ficará de mãos vazias.