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Resposta:Viajo com bem menos freqüência do que gostaria. Ah, se eu pudesse, neste Carnaval, ir à Costa do Sauípe! Pena que não havia mais vôos disponíveis.
Como conseqüência, tive de ficar em casa mesmo. No outro dia, quase não agüentei ver os desfiles das escolas de samba na TV. Sempre apóio novas idéias como vi na “Unidos da Tijuca”, com a estréia de uma comissão de frente literalmente mágica. Foram os únicos cinqüenta minutos que valeram a pena. Parece que, com exceção de Paulo Barros, os carnavalescos não têm mais demonstrado ousadia nem criatividade. Muitos crêem que não há mais como inovar.
No dia seguinte, decidi ir a uma festa à fantasia na casa da Andréia, minha amiga. Lá, encontrei muitos heróis, fadas, policiais e até um ser vestido de espermatozóide. Mas o que me chamou a atenção foi a quantidade de padres e freiras. Eles diziam “eu os perdôo, eu os abençôo!”, todos bebiam e dançavam muito, saindo de lá “bem suados”.
Ao chegar em casa, resolvi comer pipoca de microondas, antes de dormir. Minha auto-estima estava bem elevada, já que tinha reencontrado, na festa, minha ex-namorada.
Ela estava fantasiada de mulher pêra.
Muitos elogiaram minha fantasia lá. Ah, esqueci de contar! Eu estava fantasiado de para-quedista paranóico.
Havia, ainda, pessoas fantasiadas de políticos. Eu via essas fantasias como um alerta para que todos façam uma auto-análise, já que este ano é eleitoral e poucos merecem o direito à reeleição.
Fiquei com essa idéia na cabeça que até sonhei. No meu sonho, encontrava o ultra-revolucionário “Che”, que me disse não agüentar mais tanta verborréia no horário político e logo depois ver casos como o do mensalão. Aquilo sim é uma delinquência, uma quebra de decoro “para lamentar”Acordei ouvindo alguém dizer “Pára de paranóia, seu nome”. Em seguida, voltei a dormir super-rápido.
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