Respostas
A criança geralmente apresenta queixas de dor intermitente na musculatura dos membros inferiores e não há sinais de inflamação, inchaço, repercussão em outros órgãos nem alterações laboratoriais ou radiológicas. Ou seja, a criança refere dor, mas não conseguimos identificar nenhum motivo para a queixa.
Embora seja um quadro desagradável, que muitas vezes atrapalha o sono da criança, as dores do crescimento são inofensivas e costumam desaparecer espontaneamente após um ou dois anos.
A principal preocupação em relação a estas crianças é não diagnosticar equivocadamente como dor do crescimento alguma doença séria que cause dor e precise de tratamento médico mais específico, como tumores ou lesões ósseas.
Não existe na literatura médica uma definição consensual para a dor do crescimento. Consequentemente, não existem critérios específicos que possam ser uniformemente utilizados para estudos e para o diagnóstico do problema. Conforme já adiantado na introdução deste artigo, não há alterações detectáveis nem ao exame físico nem nos exames complementares.
A dor do crescimento é uma dor real, a criança realmente sofre, mas ela não apresenta nenhuma doença física real que possa ser identificada pelo médico.
Em geral, podemos considerar como dor do crescimento aquela que apresenta as seguintes características:
Ocorre em crianças entre 2 e 12 anos, sendo mais comum entre 3 e 5 anos e 8 e 12 anos.
Acomete os membros, principalmente os membros inferiores.
A dor habitualmente é bilateral.
A dor concentra-se nos músculos e não nas articulações.
A dor vai e volta, não correndo todos os dias.
A dor ocorre mais ao final da tarde e à noite. Não costuma estar presente de manhã.
A dor pode acordar a criança.
A dor não está diretamente relacionada à atividade física. Pode doer em repouso e não doer com o exercício.
A dor não impede que a criança seja ativa ou pratique esportes.
Não há sinais de inflamação ou lesão das áreas doloridas.
ESPERO TER AJUDADO!