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Os potiguaras vivem da pesca, da criação de animais e do cultivo de mandioca, de feijão, de milho, de hortaliças e de algumas árvores frutíferas.
As famílias vivem em casas simples, construídas perto de rios ou de riachos. Em geral, moram nelas os pais junto com os filhos solteiros. Algumas aldeias têm escola, mercearia e igreja. A maioria das aldeias tem um cacique, mas existe um cacique-geral, como se fosse um presidente das aldeias, escolhido pelos próprios índios
Os potiguaras fazem diversas festas. Muitas delas são religiosas e, embora estejam ligadas a santos padroeiros das aldeias, marcam as épocas do plantio e da colheita, sendo consideradas ritos de fertilidade. Eles também comemoram as festas juninas e o Natal.
A festa mais característica é o toré. Trata-se de uma dança realizada por muitos grupos indígenas do Nordeste. O toré é encarado como um ritual sagrado para celebrar a amizade entre os diversos povos indígenas. Todos os habitantes da aldeia participam dele, inclusive as crianças. Durante o ritual, tocam-se zabumba e maracá para que os participantes cantem e dancem em movimentos circulares. As letras das músicas fazem referências a santos, a elementos da natureza e a figuras míticas.
Os potiguaras sempre foram considerados grandes guerreiros. E não perderam esse traço, apesar de ter assimilado muitos elementos da cultura do homem branco. Isso ficou comprovado recentemente no caso dos índios de Monte Mor, região localizada no litoral norte do estado da Paraíba.
Os indígenas de Monte Mor lutaram pela demarcação de suas terras. Após mais de dez anos de conflitos com fazendeiros plantadores de cana-de-açúcar e com usineiros, e de muita mobilização junto a órgãos públicos, à imprensa e a organizações não governamentais (ONGs), em 2007 os potiguaras saíram vitoriosos: o governo federal assegurou-lhes 7.487 hectares de terras naquela região.