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A OMS estava certa: no dia 29 de janeiro, um tabloide australiano pertencente a Rupert Murdoch publicou na sua primeira página uma máscara vermelha com o carimbo “Pandamônio do vírus chinês”: a ênfase no “panda” por ideia do jornal supõe que o erro seja deliberado.
Um estudante chinês em Melbourne protestou com um ensaio publicado em outro jornal; “Esse vírus não é ‘chinês’”. É claro que o vírus não é chinês, mesmo que possamos rastrear sua origem a uma caverna na China; o mesmo vale para a doença causada por ele. As epidemias, por outro lado, são frequentemente fenômenos sociais ou políticos. Dois fatores culturais ajudam a explicar como a ocorrência natural de um único vírus infectando um único mamífero pode ter desencadeado uma crise global de saúde.