ܩܫܠܚܩܩܩܩܒ݁ܝܺܠܡܝܩܡܠܡܘܟܒܠ ܡܠܥ
5- (UFG/GO – 2010)
Leia os documentos a seguir.
camponeses parem para o front com incrível entusiasmo; e as classes superiores da sociedade, quer sejam
liberais ou conservadoras, os aclamam, desejando-lhes boa sorte [...] Habitualmente, os camponeses sentiam
que nao tinham nada a fazer a não ser beber; mas não é mais assim. E como se a guerra lhes desse uma razao
para viver [...] No ardor dos soldados russos se percebe o entusiasmo que agita o coração dos antigos marires
se lançando para a morte gloriosa.
LE BON, Gustave. 1916 apud JANOTTI, Maria de Lourdes. A Primeira Guerra Mundial. O confronto de imperialismos. São Paulo: Atual 1992. p. 17.
Após um ano de massacre, o caráter imperialista da guerra cada vez mais se afirmou, essa é a prova de que
suas causas encontram-se na política imperialista e colonial de todos os governos responsaveis pelo
desencadeamento desta carnificina. [...] Hoje, mais do que nunca, devemos nos opor a essas pretensoes
anexionistas e lutar pelo fim desta guerra [...] que provocou misérias tão intensas entre os trabalhadores de
todos os países.
CONFERÊNCIA DE ZIMMERWALD - 5 a 8 de setembro de 1915. Apud JANOTTI, Maria de Lourdes. A Primeira Guerra Mundial. O confronto
de imperialismos. São Paulo: Atual, 1992. [Adaptado).
No início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), estabeleceu-se, sobretudo na Europa, uma disputa de ideias
em torno do envolvimento nesse conflito. Com base na leitura de cada um dos documentos, explique as posições
assumidas sobre a participação na guerra.
Respostas
Resposta:Gab:
No caso do primeiro documento, datado de 1916,
expressa-se uma posição favorável à participação no
conflito, em acordo com o princípio nacionalista. Para os
nacionalistas, a guerra associava-se à defesa da Pátria, o
que exigia a unidade do povo para defender os
interesses internos. Nesse sentido, os nacionalistas
atribuíram ao combate um caráter positivo e saneador,
inclusive moral. No interior dessa atribuição, o soldado
era visto como um herói e o entusiasmo articulava-se a
um sentimento de dever para com a pátria que, por sua
vez, preenchia de sentido a vida do combatente.
No caso do segundo documento, datado de 1915, a
posição é contrária à guerra, sendo a expressão de um
princípio socialista. Mesmo considerando as tensões
internas ao movimento e a existência de alguns
socialistas que apoiavam a participação no conflito, a
guerra é interpretada, neste documento, como um
sintoma da disputa imperialista e como um entrave aos
interesses dos trabalhadores.