1. (UFG) Leia o trecho a seguir.
Um velho Timbira, coberto de glória,
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!"
"Eu disse comigo: que infâmia d'escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!"
"Eu vi o brioso no largo terreiro
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente, como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest'hora diante de mi.
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: "Meninos, eu vi!"
DIAS, Gonçalves. I - Juca Pirama seguido de Os Timbiras. Porto Alegre: LP&M Pocket, 2007/
628
Descreva a concepção do índio construída pelos poetas de la geração, e relacione tal
construção ao contexto histórico de surgimento do Romantismo no Brasil.
(0,1)
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11
A obra de Gonçalves Dias Juca Pirama é um exemplo das produções da geração indianista e do contexto do Romantismo no Brasil, de modo que a concepção do índio construída pelos poetas dessa geração era de idealização, normalmente atribuindo-lhe inúmeras qualidades e heroísmo.
O indianismo no Brasil foi um dos fenômenos do romantismo, bem particular, pra dizer a verdade. É praticamente um ramo do romantismo no Brasil que lidava diretamente com a questão dos povos indígenas, com o objetivo de engrandecê-los.
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