A Tropicália do fim dos anos 60 debochava – valentemente – do Brasil pós-golpe, quando a ditadura buscava conjugar a modernização capitalista ao universo retrógrado de ‘tradição, família e propriedade’. A fórmula artística dos tropicalistas, muito bem achada, que juntava formas supermodernas e internacionais a matérias ligadas ao atraso do país patriarcal, era uma paródia desse impasse. Ela alegorizava a incapacidade do Brasil de se modernizar de maneira socialmente coerente. Era uma visão crítica, bastante desesperada, de muito interesse artístico, à qual se misturava certa euforia com a nova indústria cultural, que estava nascendo. (Adaptado de Entrevista com Roberto Schwarz, "Cortina de Fumaça") Com base no texto e nos conhecimentos sobre a reação cultural ao golpe militar de 1964 no Brasil, assinale a alternativa que indica uma das principais lideranças do gênero musical conhecido como Tropicalismo: a) Chico Buarque de Holanda. b) Caetano Veloso. c) Edu Lobo. d) Geraldo Vandré. e) Roberto Carlos.
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É correta a alternativa B, já que Caetano Veloso, com a música "É proibido proibir" inaugurou a faceta musical deste movimento que foi um dos principais críticos culturais da Ditadura Militar.
O movimento buscava apresentar uma "cara" para a juventude e sociedade brasileira que era diferente daquela que a ditadura militar buscava impor, defendendo a diversidade étnica e cultural dos brasileiros e um sentimento de insatisfação com as práticas autoritárias como base da identidade dos brasileiros.
Foi alvo da censura e perseguido, tendo sido seus expoentes exilados do país.
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