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Obtém, em 1989, bacharelado e licenciatura em artes plásticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde, em 2000, se torna mestre em artes visuais. Conclui, em 2004, doutorado em poéticas visuais, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com orientação de Carlos Fajardo (1941). Participa, em 1992, da fundação do Grupo Arte Construtora, cooperativa de artistas cuja proposta é ocupar espaços inusitados com suas intervenções, produzindo-as de forma autônoma. Participa, ao lado dos artistas Mônica Nador (1955) e Fernando Limberger, do Jardim Miriam Arte Clube (Jamac), realizando projetos artísticos na periferia paulistana. Apresenta sua primeira exposição individual, Esculturas, em 1988 no Espaço Alternativo, Fundação Nacional de Arte (Funarte), no Rio de Janeiro. Entre as coletivas, participa da 2ª e da 5ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, respectivamente em 1997 e 2005. Integra a Bienal de Pontevedra, Espanha, em 2000, e no ano seguinte apresenta trabalhos no Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e na Squatters/Ocupações, em Porto, Portugal. Em 2004, recebe o Prêmio Marcantonio Vilaça para as artes plásticas. Atualmente, vive em São Paulo e ministra aulas no curso de artes plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).
O diálogo de Lúcia com questões próprias à pintura - campo que tradicionalmente lida com os efeitos da luz sobre os corpos - torna-se claro em Iluminadores, 1995. Dois monitores de TV são colocados frente a frente, exibindo imagens de uma peça de tecido jeans azul. Ao se aproximar da obra, o espectador passa a fazer parte dela, pois se torna anteparo para a luz azul vinda dos monitores. A participação do espectador é o cerne de outra obra, Parede RGB, 2002. Instalada num corredor do Museu de Arte Moderna de São Paulo, consiste em vários refletores com filtros vermelhos, verdes e azuis, que projetam na parede uma luz aparentemente branca, resultado da mistura no espaço das cores primárias. Os corpos dos passantes atuam como anteparos que desdobram em sombras coloridas a composição daquela luz. Sobre esta obra, a artista comenta: "A arquitetura dos espaços, mas principalmente seu uso, é o que me interessa. Isso porque o lugar é uma coisa viva que existe no tempo".