Respostas
As infecções pelo vírus Ebola são caracterizadas por uma rápida e potente supressão decorrente da ativação das respostas imunes inatas antivirais sistêmicas conhecida como tempestade de citocinas (1). Esta é responsável pelo comprometimento vascular e hemorragia, levando a falência de múltiplos órgãos, choque e até mesmo a morte (1). A transmissão se dá pelo contato direto com fluidos corporais de pessoas ou animais contaminados. Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. O período de incubação do vírus é de aproximadamente 11 dias (3). Inicialmente os sintomas são inespecíficos, mas geralmente incluem febre, fraqueza e diarreia (3). Porém, nos últimos estágios da doença, a pessoa infectada apresenta sintomas mais graves como hemorragia generalizada, perda da consciência, convulsões, entre outros. O vírus Ebola é envelopado, não segmentado e com cadeia simples de RNA antisense pertencente à família Filoviridae. Seu genoma é composto por sete genes: nucleoproteína (NP), proteína viral (VP) 35, 30, 24, 40, RNA polimerase L e a glicoproteína (GP). A NP compõe o capsídeo viral e as proteínas L, VP30 e 35 são necessárias para replicação e transcrição do RNA viral. A VP40 e 24 são proteínas da matriz viral e auxiliam a liberação do vírus da célula hospedeira, enquanto que a GP é a proteína que envolve o envelope viral e medeia sua entrada na célula (4). Três delas já foram demonstradas como sendo responsáveis pela imunossupressão: VP35, 24 e GP (5, 6, 7, 8).