De forma semelhante à questão das drogas, um negócio lucrativo que movimenta milhões de dólares (só perdendo para o negócio das armas), a indústria das igrejas também se apresenta como um bom negócio. Indiretamente, o negócio ainda movimenta muito dinheiro se considerarmos todo o complexo envolvido: emissoras de rádio e TV, controle de hospitais, clínicas de reabilitação, asilos, escolas e universidades. Frente ao controle do capital, grupos religiosos se organizaram e trataram de ocupar lugares importantes na política para manutenção e ampliação de seus lucros e privilégios. Se o mercado das drogas indiretamente acaba por movimentar o mercado da saúde, com a venda de medicamentos, com internações, consultas, entre outros procedimentos, o mercado das igrejas também se beneficia com a estratégia da cura e a promessa de uma nova vida, com Deus e sem as drogas. A liberação das drogas e a possibilidade de outras formas de organizar a vida que fogem do padrão da família burguesa que sustentam a economia e as formas de manutenção de privilégios para muitos grupos poderosos representam uma ameaça. O radicalismo ideológico, travestido em discursos mais democráticos, defende muitas vezes um único valor: o econômico.
O psicólogo deve considerar, separando a busca legítima pela espiritualidade por parte das pessoas, questões ideológicas que possam estar implicadas na relação estabelecida com as instituições religiosas. À esse respeito, analise as asserções abaixo e sua relação entre elas:
I. A bem-aventurança nos negócios sendo justificada pela benção de Deus sobre a família obediente, corrobora muitas vezes a exploração mercadológica e a manutenção dos mecanismos de opressão social, psicológica e o controle econômico sobre as classes populares.
PORQUE
II. Surgem como alívio de toda opressão por um lado a esperança na justiça obtida em um outro lugar (no reino de Deus), e por outro lado, a esperança de vir a ser um dia abençoado com o fortalecimento gradativo da fé (mais dízimos), justificando a busca cada vez mais frenética pelas igrejas mundo afora por parte da população oprimida.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
Escolha uma:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b. As asserções I e II são proposições falsas.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
e. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
Respostas
A religiosidade é um componente importante da psicologia humana. O fato de alguns indivíduos se aproveitarem da fé alheia para obter lucros deve ser um grande alerta ao profissional da psicologia, que precisa estar atento para estas situações, para auxiliar seus pacientes da melhor forma possível.
I. A bem-aventurança nos negócios sendo justificada pela benção de Deus sobre a família obediente, corrobora muitas vezes a exploração mercadológica e a manutenção dos mecanismos de opressão social, psicológica e o controle econômico sobre as classes populares.
Correto. É possível que alguns indivíduo se aproveitem do interesse de outros que buscam melhorar sua vida financeira e material, e sugiram que é preciso seguir certas normas, supostamente divinas, para que tenham sucesso na vida.
PORQUE
II. Surgem como alívio de toda opressão por um lado a esperança na justiça obtida em um outro lugar (no reino de Deus), e por outro lado, a esperança de vir a ser um dia abençoado com o fortalecimento gradativo da fé (mais dízimos), justificando a busca cada vez mais frenética pelas igrejas mundo afora por parte da população oprimida.
Correto. As igrejas oferecem espaço para que as pessoas que são oprimidas socialmente e economicamente, possam se sentir confortáveis por ter a certeza de que um deus os observar e fará justiça frente a sua situação.
As duas são corretas, mas não tem relação direta entre si.
Resposta:
LETRA A. As asserções I e II são preposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Explicação:
AVA