o xenófobo acredita que, se seu país fechar as fronteiras, impedindo as imigrações ilegais, o problema do desemprego interno estará resolvido. Justifique as razões pelas quais esse raciocínio não é correto.
Respostas
Resposta:
professor Lant Pritchett, de Harvard, defende o fim quase absoluto das fronteiras. Para ele, os controles imigratórios impedem o bom funcionamento dos mercados.
Jagdish Bhagwati, professor da Universidade de Columbia, também é um defensor ferrenho da liberação da imigração.
Vindo da Índia, ele mesmo chegou aos Estados Unidos como um imigrante altamente qualificado. Mas acredita que a imigração não deve se restringir a especialistas e universitários.
Explicação:
Existem grandes benefícios quando se permite o livre comércio entre um país e outro, e isso inclui a questão da mão-de-obra".
Levando esse argumento ao caso extremo, o ideal seria, então, acabar com todas as barreiras existentes para a imigração?
"Nem vale falar sobre isso", responde. "Seria um caso irreal e as considerações políticas e de segurança fariam disso algo impraticável."
Mas sem chegar a esses extremos, o professor de Harvard defende com veemência a retirada da maioria das "travas" à chegada de trabalhadores estrangeiros.
"Um relaxamento substancial nas restrições imigratórias existentes beneficiaria tanto os imigrantes quanto os países que recebem esse imigrantes e até mesmo os países de origem desses imigrantes. É uma situação em que todos ganham", disse.
"Meus estudos indicam que, por cada pessoa de um país em desenvolvimento que se muda para os Estados Unidos, existem ganhos de US$ 15 mil por ano em termos de produtividade".
"Os Estados Unidos são um país muito mais produtivo e a mesma pessoa com a mesma educação poderá ser muito mais produtiva se ela se mudar para lá. Isso faz com que os empresários que a contratam ganhem mais e que também paguem mais. Os ganhos marginais da imigração são astronômicos
No entanto, outros economistas garantem que, apesar de ser possível que a comunidade como um todo se beneficie da imigração, sempre haverá pessoas específicas prejudicadas – em particular os trabalhadores com pouca educação nos países que recebem os imigrantes. Eles veriam suas oportunidades sere diminuídas com a chegada de competência estrangeira no mercado de trabalho.
Mas Pritchett não aceita esse argumento como crítica a uma nova formulação das políticas imigratórias.
"Não usamos esse padrão em nenhuma outra política. Praticamente, não existe nenhuma política que beneficie todas as pessoas sem exceção. A essência da economia é buscar a solução mais eficiente e depois pensar em como compensar as pessoas que podem sair perdendo. Se não for assim, não seria possível implementar nenhuma reforma econômica".
Além disso, ele diz não haver evidência empírica contundente que prove que os trabalhadores locais menos qualificados se veriam prejudicados pela imigração.
"A imigração aumentaria os salários dos americanos como um todo e teria um impacto próximo de zero aos salários dos americanos menos qualificados".
Pritchett alega que os imigrantes não tomam os empregos dos locais, mas sim ocupam as vagas que eles não querem.
Um argumento polêmico porque, do outro lado, os críticos da imigração dizem que se não houver imigrantes, a mão-de-obra fica escassa, e os salários desses empregos mais humildes seriam mais altos, já que precisariam ser atrativos para os moradores locais.
Pritchett discorda. "Na semana passada, fui escalar as montanhas do Estado de Utah e, na solidão desta região do oeste dos Estados Unidos, a 3 mil metros de altura, me encontrei com um pastor de ovelhas peruano. Elevar o salários dos pastores de ovelhas ao nível necessário para convencer um americano a fazer esse tipo de trabalho destruiria essa indústria no país."
Jagdish Bhagwati, professor da Universidade de Columbia, também é um defensor ferrenho da liberação da imigração.
Vindo da Índia, ele mesmo chegou aos Estados Unidos como um imigrante altamente qualificado. Mas acredita que a imigração não deve se restringir a especialistas e universitários.
Jagdish Bhagwati, professor da Universidade de Columbia, também é um defensor ferrenho da liberação da imigração.
Vindo da Índia, ele mesmo chegou aos Estados Unidos como um imigrante altamente qualificado. Mas acredita que a imigração não deve se restringir a especialistas e universitários.
Usei como base esses dois argumentos que são muitos bons e utilizo até hoje para discutir esse assunto aonde vemos um imigrante Indiano e um Americano ambos defendendo a tese da imigração.