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Revolução Inglesa, que teve ainda a Revolução Gloriosa como desfecho. A principal consequência dessas revoluções foi a consolidação do regime político monárquico parlamentar, colocando fim ao absolutismo na Inglaterra.
Para se entender a Revolução Puritana, é necessário perceber que ela se caracterizou como uma resolução às contradições existentes entra as classes sociais no início do capitalismo inglês, nomeadamente entre a burguesia em ascensão e a nobreza de raízes medievais.
As mudanças sociais pela quais passava a Inglaterra haviam fortalecido a burguesia economicamente desde finais do século XVI, através do desenvolvimento do comércio marítimo, da agricultura e das manufaturas. Nesse sentido, é necessário destacar o início da supremacia inglesa no mercantilismo, a expulsão dos camponeses de suas terras e as alterações na produtividade agrícola, bem como o fortalecimento da produção de mercadorias com as manufaturas.
O fortalecimento econômico da burguesia foi apoiado pela dinastia Tudor, cimentando a autoridade real em uma atuação conjunta ao parlamento, em que eram representadas politicamente a burguesia e a nobreza. Porém, com a sucessão dinástica de Elisabeth I, entrando em seu lugar a dinastia Stuart, alterou-se a situação política no reino.
Seu sucessor Jaime I e o filho deste, Carlos I, iriam buscar fortalecer novamente o poder régio e da nobreza mais tradicional, ligada aos preceitos medievais, principalmente com a adoção de medidas que passavam por cima dos interesses do Parlamento. Eles eram ainda escoceses, e não ingleses, o que intensificou a oposição à permanência deles no poder. Por serem rigorosos anglicanos, perseguiram os puritanos calvinistas, ampliando a insatisfação com seu governo.
O ápice da insatisfação veio com o reinado de Carlos I. Sendo obrigado a assinar a “Petição dos Direitos”, em 1628, que protegia a população contra tributos e detenções ilegais, em troca da ampliação de impostos de seu interesse, Carlos I dissolveu o Parlamento em 1629. Passou a governar de forma autocrática, reconvocando o Parlamento novamente em 1640 para conseguir recursos para debelar uma rebelião na Escócia.
Entretanto, o Parlamento tentou novamente limitar o poder régio, tendo como resposta de Carlos I uma nova tentativa de dissolução. O resultado dessas ações foi o deflagrar de uma violenta guerra civil e da Revolução Puritana.
É interessante notar que as disputas religiosas interligaram-se umbilicalmente à luta política, perceptível inclusive com o próprio nome dado à Revolução.
Os preceitos religiosos e o controle da Igreja Anglicana na vida cotidiana garantiam o controle da ordem político-social inglesa. Mesmo com a ruptura com a Igreja Católica no reinado de Henrique VIII, a Igreja Anglicana mantinha-se mais próxima do catolicismo e da ideologia da Idade Média. Por outro lado, o puritanismo – o calvinismo inglês – era uma expressão ideológica da burguesia, principalmente pelo fato de ligar a salvação da alma às ações econômicas realizadas na Terra, bem como a uma religiosidade mais individualizada, sem a interferência institucional da Igreja.
Nesse sentido, a guerra civil opôs, grosso modo, os membros da alta nobreza aristocrática inglesa, funcionários do Estado e o clero, em sua maior parte anglicano, contra os agricultores capitalistas, a burguesia urbana, os pequenos mercadores e artesãos, que professavam crenças protestantes como o puritanismo e o presbiterianismo.
Além do corte de cabelo, uma diferença mais substancial foi que o exército dos Cabeças Redondas, conhecido como Exército de Novo Tipo, baseava-se em promoções internas por mérito, e não por sangue, além de permitir debates sobre os motivos da guerra, o que garantia aos soldados uma consciência política de suas ações. Essa diferença foi substancial para a derrota dos Cavaleiros nas batalhas de Marston Moor (1644) e Naseby (1645).
A primeira fase da guerra terminou em 1646, com a derrota de Carlos I. Mas o receio da posição radical democrática dos Cabeças Redondas lev
Após Carlos I perder a cabeça, uma República foi instaurada na Inglaterra, formase. Frente a isso, o líder revolucionário dissolveu o Parlamento em 1653, criando uma ditadura pessoal e se autointitulando Lorde Protetor da República. Sua ditadura durou até 1658, ano de sua morte. Foi substituído pelo filho, Richard Cromwell, que não conseguiu manter a existência da República. Os nobres realistas organizaram uma contrarrevolução, colocando Carlos II no trono, acabando com a República e realizando a Restauração Monárquica.
Era o fim da República Puritana. Entretanto, as transformações sociais que ela representava não permitiram que a Restauração Monárquica durasse muito tempo. Com a Revolução Gloriosa de 1688, completava-se o ciclo da revolução burguesa na Inglaterra, instaurando uma monarquia constitucional de caráter liberal, que garantiria as condições gerais para o desenvolvimento do capitalismo.
sera q assim esta bom (é melhor comer banana pra n dar caimbra...)