Respostas
antes de tudo, em dizer da nossa prática acadêmica e das diferentes trajetórias do ponto de vista da formação individual, dos projetos de pesquisas, das escolhas historiográficas, das mudanças operadas no curso da história e, sobretudo, da nossa opção teórica nitidamente balizada pela História Cultural, seja com relação as referências conceituais ou das abordagens, numa busca constante de utilizar novos conceitos para a formulação de novos objetos e problemas não contemplados pelas abordagens historicistas ou das vertentes econômico-sociais.
Os historiadores se afastaram dos esquemas teóricos generalizantes e voltaram sua atenção para os valores de grupos particulares, em períodos e lugares específicos. Nessa perspectiva as distinções culturais passaram a ter um lugar privilegiado em detrimento da importância antes conferida aos elementos políticos e econômicos. Por isso, como observa Burke, a dimensão simbólica e a busca de suas interpretações tornaram-se o terreno comum para os historiadores que caminhavam abrindo novas trilhas na realização de seu ofício de outras áreas do saber.