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A penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de micro-organismos em seu laboratório no Hospital St. Mary em Londres.[7] Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colônias deste não havia mais bactérias. Então, Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do gênero Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Esta foi obtida em forma purificada por Howard Florey, Ernst Chain e Norman Heatley, da Universidade de Oxford, muitos anos depois, em 1940. Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade. Em 1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época. Ele melhorou bastante após a administração do fármaco, mas morreu quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial
Após todo o processo de fermentação, faz-se necessária a separação do antibiótico produzido e excretado pelo microrganismo do meio de cultivo retirado do reator.[19] A Figura a seguir indica as fases que devem ser executadas para a posterior purificação da penicilina.
Esquema representativo da produção industrial de penicilina.[21]
Como é possível perceber, o primeiro passo a ser seguido é a filtração, para retirada do micélio, do caldo fermentado, seguida por duas extrações líquido-líquido contínuas em contracorrente com acetato de amila, butila ou metilisobutilcetona, em condições de pH e temperatura de 2,5 a 3,0 e 0 a 3⁰C respectivamente. Logo após, o produto obtido após essas etapas segue para uma fase de adsorção e subsequente filtração. Realizados esses procedimentos, necessita-se precipitar a penicilina desse produto obtido anteriormente e, para isso, realiza-se uma reação do composto com acetona, permitindo que ocorra a precipitação. Com isso, deve-se apenas filtrar a penicilina precipitada para separá-la da fração líquida e subsequente cristalização, usando isopropanol, e centrifugação e secagem, obtendo assim o produto final.[19]
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