Respostas
Resposta:
1. Um sítio arqueológico pode ser descoberto por acaso (por exemplo, durante uma obra pública) ou por meio de análises topográficas e cartográficas, fotografias aéreas, detectores eletromagnéticos ou outros métodos geocientíficos. A área costuma ser explorada por equipes que vão desde três a 80 pessoas, dependendo da extensão e da verba do projeto
2. O trabalho não costuma ter duração definida – para driblar o sol forte e a chuva, por exemplo, alguns sítios são analisados só em alguns meses do ano, ao longo de vários anos. Antes de iniciar a escavação propriamente dita, deve-se limpar o terreno, extraindo plantas e pedras, e nivelá-lo. Depois, são utilizadas estacas para delimitar a área, que pode variar bastante – em geral, entre 900 e 1,2 mil m2
3. Em seguida, vem a sondagem, quando os arqueólogos procuram, na superfície, alguma evidência de ocupação humana. Por exemplo, cacos de cerâmica e artefatos líticos (feitos de pedra), como machadinhas, facas e talhadores. Nesta fase, a escavação não vai além dos 5 cm de profundidade, e é feita com colheres de pedreiro comuns
4. Os achados determinam o “potencial” de certas áreas. O terreno é então dividido em quadrados (geralmente, com 1 m de lado). Assim, fica mais fácil catalogar em que lugar cada peça foi encontrada. Cada quadrante é reponsabilidade de um arqueólogo (aluno ou professor-pesquisador), que trabalha sob supervisão de um coordenador – o mais experiente da equipe. Algumas equipes contam com engenheiros, arquitetos, geólogos, bioantropólogos, antracólogos e botânicos para contextualizar as descobertas
5. Além das colheres de pedreiro, são usadas outras ferramentas leves, como espátulas. Eles também levam pá, peneira e balde porque toda terra retirada é peneirada e reservada. O solo é cortado em camadas muito finas (de 10 ou 20 cm, em média) para que nenhum material seja destruído. Outra opção é escavar até que se notem mudanças no tipo de terra encontrado, respeitando as camadas naturais do solo. A profundidade do sítio varia bastante – há locais na França onde as escavações avançam só 10 cm por ano!
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