QUESTÃO 3
[...] o medo se torna a primeira obrigação preliminar de uma ética da responsabilidade histórica. Jamais deveríamos confiar o nosso destino àquele que considere que essa fonte da responsabilidade, “o medo e o tremor” – naturalmente, jamais a sua fonte única, apesar de muitas vezes ela predominar, com razão, sobre as demais -, não seja suficientemente digna do status do homem. (JONAS, 2006)
MOTTA, Ivan Dias da. Ética, Sociedade e Direitos Humanos. Formação Sociocultural e Ética I. Maringá, 2020.
A partir da leitura do excerto de Hans Jonas (2006) e as explicações presentes na coletânea Conceituar, analise as assertivas a seguir:
I. Para Jonas, o medo é uma obrigação ética.
II. É necessário temer a finitude e a repetição das tragédias humanas.
II. A dominação da natureza pela tecnociência garante liberdade, igualdade e fraternidade.
É correto o que se afirma em:
Alternativas
Alternativa 1:
II, apenas.
Alternativa 2:
III, apenas.
Alternativa 3:
I e II, apenas.
Alternativa 4:
II e III, apenas.
Alternativa 5:
I, II e III.
Respostas
Resposta:
Na obra de Hans Jonas (2006), compreendemos que
A Ética pode ser construída não só a partir da esperança de um mundo melhor, mas a partir do medo fundamental da finitude e da repetição dos perigos e tragédias que fizeram parte da história humana;
Não se pode confiar nas promessas das utopias da modernidade, que imaginaram nosso tempo como aquele que, ao dominar a natureza pela tecnociência, garantiria liberdade, igualdade e fraternidade a todos os seres humanos. Não foi essa a constatação histórica do século XX e XXI. A promessa de direitos humanos universais sucumbe, diante da realidade de bilhões de seres humanos, excluídos do sistema de consumo e dos avanços tecnológicos e científicos;
O tempo longo das promessas de realização da felicidade, por meio de direitos, é contrastado pelo tempo da urgência dos excluídos, que morrem antes de ter acesso ao direito de consumir e até mesmo aos seus direitos básicos.
Resposta:
R: l,ll e lll
Explicação:
Na obra de Hans Jonas (2006), compreendemos que
A Ética pode ser construída não só a partir da esperança de um mundo melhor, mas a partir do medo fundamental da finitude e da repetição dos perigos e tragédias que fizeram parte da história humana;
Não se pode confiar nas promessas das utopias da modernidade, que imaginaram nosso tempo como aquele que, ao dominar a natureza pela tecnociência, garantiria liberdade, igualdade e fraternidade a todos os seres humanos. Não foi essa a constatação histórica do século XX e XXI. A promessa de direitos humanos universais sucumbe, diante da realidade de bilhões de seres humanos, excluídos do sistema de consumo e dos avanços tecnológicos e científicos;
O tempo longo das promessas de realização da felicidade, por meio de direitos, é contrastado pelo tempo da urgência dos excluídos, que morrem antes de ter acesso ao direito de consumir e até mesmo aos seus direitos básicos.