• Matéria: História
  • Autor: Anônimo
  • Perguntado 6 anos atrás

Qual era a visão eurocêntrica dos colonizadores do século XVI​

Respostas

respondido por: valkirohrig
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Resposta

O contato entre os índios e os europeus: uma questão a ser abordada de diferentes modos.

Ao debater o processo de colonização das terras americanas, o professor deve ter o cuidado de não restringir a ocupação e o conflito estabelecidos pelos colonizadores somente pelas motivações de ordem econômica. É claro que, sob o contexto mercantilista, a conquista e a exploração de novas terras eram pontos fundamentais na explicação de tal processo histórico. No entanto, devemos salientar que essa noção de choque entre os europeus e os nativos também aconteceu por outros motivos.

Além das motivações econômicas, devemos expor aos alunos que essa situação de conflito também se embasou na visão etnocêntrica dos colonizadores. Mais do que uma simples questão da época, devemos mostrar que o etnocentrismo é um modo de se enxergar a cultura alheia que ainda vigora na relação entre os povos. Para tanto, basta tomar como exemplo as várias chacotas que costumamos utilizar quando nos referimos aos integrantes de outra nação ou cultura.

Feita essa consideração, sugerimos ao professor a realização de um trabalho de análise e interpretação do relato do historiador e cronista português Pero de Magalhães Gandavo. Nascido no século XVI, esse escritor foi responsável pela organização de uma extensa obra em que falava principalmente sobre a fauna e a flora das terras brasileiras. Naquele período, em que os europeus ainda se acostumavam com o alargamento dos horizontes, esse tipo de texto chamava a atenção do homem branco.

Ao fazer suas descrições da paisagem brasileira, Pero de Magalhães acabou vez ou outra estabelecendo algumas observações sobre os índios que viviam aqui no Brasil. É buscando esse tipo de relato que o professor tem a oportunidade de mostrar que a dominação e o conflito que marcam a implantação da ordem colonial também se arquitetaram pela organização de todo um discurso em que o europeu claramente inferiorizava a população nativa.

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