• Matéria: Inglês
  • Autor: rayonara663
  • Perguntado 6 anos atrás

Campanha de Emma Watson (HE FOR SHE) quais foram as estratégias da campanha ?????? Alguém POR FAVOR é um trabalho

Respostas

respondido por: jardyelejimin
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Resposta:

No dia 20 de setembro de 2014, na sede da ONU, em Nova York, a atriz Emma Watson falou para dezenas de homens e mulheres sobre feminismo e igualdade de gênero no mundo do trabalho.

O discurso, feito em ocasião da sua nomeação como Embaixadora da Boa Vontade da ONU, também marcava o lançamento da campanha He For She (Eles por Elas), que buscava incluir também os homens nos esforços dessa causa. Desde então, sua fala viralizou pela internet. Apenas um dos vários vídeos no YouTube foi visto mais de 7,5 milhões de vezes.

A campanha, desde então, também conseguiu resultados expressivos: mais de 1000 eventos foram realizados no mundo todo, mais de 1 milhão de pessoas e empresas (de presidentes, governos e exércitos a microempreendedores e estudantes) se comprometeram com ações para ampliar a diversidade de gênero, e mais de 1,2 bilhões de conversas sobre o tema foram realizadas.

No Brasil, foram cerca de 45 mil compromissos com esta causa, envolvendo questões como saúde, educação e violência – e muitos mais podem ser estabelecidos no site

Aqui no Na Prática, lançamos hoje a campanha #MulheresNaPratica. Acreditamos que a informação é parte essencial dessa mudança, e esse é nosso compromisso em compartilhar matérias especiais sobre liderança feminina e contar histórias de mulheres com carreiras inspiradoras, líderes em suas áreas de atuação e que têm transformado o mercado.    

Assim como a atriz britânica fez anos atrás, Anne Hathway – que também é embaixadora da ONU – fará o seu discurso na sede das Nações Unidas para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8/3). O discurso pode ser acompanhado ao vivo por aqui. Mas, enquanto isso, vale relembrar o poderoso discurso de Emma Watson:

Hoje nós estamos lançando uma campanha chamada HeForShe. Eu venho até vocês porque precisamos da sua ajuda. Nós precisamos acabar com a desigualdade de gênero, e para fazer isso, precisamos que todo mundo esteja envolvido. É a primeira campanha desse tipo na ONU. Nós queremos tentar mobilizar o tanto de homens e garotos que for possível, para serem advogados da mudança. E nós não queremos apenas conversar sobre isso. Queremos tentar e ter a certeza de que isso é possível.

Eu fui nomeada Embaixadora da Boa Vontade pela ONU Mulheres seis meses atrás. E, quanto mais eu falava sobre feminismo, mais eu percebia que lutar pelos direitos das mulheres frequentemente se tornava sinônimo de ódio aos homens. Se existe uma coisa que eu sei com certeza, é que isso tem que parar.

Para constar, feminismo se define pela crença de que homens e mulheres devem possuir direitos e oportunidades iguais. É a teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos.

Eu comecei a questionar as suposições com base nos gêneros muito tempo atrás. Quando eu tinha 8 anos eu fiquei confusa por ser chamada de mandona por querer dirigir as peças que apresentaríamos aos nossos pais. Mas com os meninos não aconteceu. Aos 14, comecei a ser sexualizada por alguns elementos da mídia. Aos 15, minhas amigas começaram a largar os times esportivos porque não queriam parecerem musculosas. Aos 18, meus amigos homens eram incapazes de expressar seus sentimentos.

Eu decidi que era feminista, e isso não pareceu complicado para mim. Mas minhas pesquisas recentes me mostraram que feminismo está se tornando uma palavra impopular. As mulheres estão optando por não se identificar como feministas. Aparentemente estou no ranking de mulheres cujas expressões são vistas como fortes demais, muito agressivas, isoladas, e anti-homens. Até mesmo desinteressante.

Por que a palavra se tornou algo tão desconfortável? Eu sou da Grã-Bretanha, e acho meu direito ser remunerada da mesma maneira que meus colegas do sexo masculino. Eu acho que é meu direito estar apta para tomar decisões sobre meu próprio corpo. Eu acho que é meu direito ter mulheres envolvidas do meu lado nas políticas e decisões que irão mudar minha vida. Eu acho que é meu direito que socialmente me seja proporcionado o mesmo respeito que os homens.

Mas infelizmente, eu posso dizer que não existe um país no mundo onde todas as mulheres possam ver esses direitos. Ainda não há país no mundo que possa dizer que elas conseguiram igualdade de gêneros. Esses direitos eu considero direitos humanos, mas eu sou uma das sortudas.

Minha vida é um puro privilégio porque meus pais não me amam menos por eu ter nascido filha. Minha escola não me limitou por eu ser uma garota. Meus mentores não assumiram que eu poderia não ir tão longe, pois poderia dar a luz a uma criança um dia. Essas influências foram os embaixadores da igualdade de gênero que me fizeram ser quem sou hoje. Eles podem não saber disso, mas eles são as inadvertidas feministas que estão mudando o mundo hoje. Nós precisamos de mais deles.

E se você continua odiando a palavra, não é a palavra que é importante. É a ideia e o intento por trás dela, porque nem todas as mulheres possuem os direitos que eu possuo. Na verdade, estatisticamente, muito poucas possuem.

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